domingo, 1 de setembro de 2013

Uma banda com um plano. Mumford & Sons.

Cena comum de ser ver.
Na ordem: Ted Dwane, Winston Marshall, Marcus Mumford e Ben Lovett. O rock/folk/pop legal de se ouvir.

A música é uma arte capaz de nos chamar a atenção muitas vezes pela capacidade de nos surpreender pelas misturas improváveis de ritmos e sons. Pela história dela muitas bandas e conjuntos entraram para a história por conseguir mesclar um bom som e nos encantar para sempre. Riffs, batidas, percussões (sintetizadores?) que nos fazem perder em um nós mesmos em momento de encantamento e completa imersão na música e por ela. O que faz a banda Mumford & Sons desde que surgiu uns anos atrás, mais precisamente em 2007, foi explorar o seu som folk, por meio de seus instrumentos folk e fazer um som que nos faça emergir num misto de espanto e admiração por músicas que de tão contagiantes são capazes de nos fazer dançar, ouvir pura e simplesmente, pensar em coisas e por que não ficar empolgado. Penso eu, seria eles uma fonte de inspiração? Não vamos nos empolgar demais. Eles hoje em dia empolgam em cima de um palco tanto quanto um U2, produzem discos que vendem tanto quanto uma Taylor Swift e se projetam para o futuro envolto num projeto que cada vez mais nos parece cercado da grandeza de uma banda que nunca foi indie, se assim pode se dizer. Sua missão é ser uma banda de estádio, em que multidões gritam o refrão de seus estonteantes sucessos.

O sucesso não chegou ainda na cabeça da banda que vê tudo isso como pura sorte. "Internally, it doesn't feel like a vertical take-off. It's been quite a smooth gradient. It's felt like thousands and thousands of gigs, getting slowly bigger. The stars aligned for us. We've worked hard enough to deserve this. But we're the fucking luckiest band." declara Winston Marshall, um dos que tocam a guitarra e dono do banjo, para a Q Magazine desse mês. O líder, se assim pode-se dizer, vocalista Marcus Mumford diz que prefere não pensar nisso. O fato é que eles são a banda do momento na música. Alcançaram o topo dos mais vendidos, a mídia, músicos e publico, para o bem ou para o mal os tem como atração seja para falar mal ou bem, em outras palavras, a banda está dando o que falar. De Liam Gallagher, que disse que eles se pareciam com uma banda de Amish tocando, a rockeiros de outras épocas como Alice Cooper que declarou que o som deles não pode ser considerado rock. Não é por menos. O álbum mais recente deles, "Babel", para se ter uma dimensão amigo, vendeu 159.000 cópias no Reino Unido na primeira semana, se tornando um recorde para o ano de 2012, o que em tempo de recessão e crise economica aliada a disponibilidade do mesmo em serviços de streaming como Rdio e Spotify, é um absoluto sucesso. Isso lá, nos EUA, venderam 600.000 na primeira semana. Pensa. Além de terem levado o Grammy e o Brit Award de melhor disco do ano, tipo batendo todos os discos de gêneros pop e afims, não se restringindo ao gênero rock.

Não bastando foram headliners em festivais do tamanho de um Glastonbury e um Lollapalooza. Dividiram a atenção em Glasto com gente do nivel de The Rolling Stones. E para quem nunca viu nem ao menos um vídeo de um dos seus shows, não consegue levar a sério as expressões de quem já viu, ao menos um no YouTube. São uma daquelas experiencias musicais que você consegue sentir, pelo menos imaginar no meio daqueles que estão ali contagiados pela multidão. Sons como "The Cave" e "Little Lion Man" do primeiro disco "Sigh No More" ou "I Will Wait", "Whispers in the Dark" e a canção-titulo "Babel" ao vivo explodem num reluzente jogo de luzes e dedicação contagiante dos músicos que parecem em sintonia expressar o verdadeiro significado da música-espetáculo.

Sintonizados com um publico que anseia por músicas que os levem ao delirio, os Mumford & Sons não são tão somente uma banda para assistir e sim para se conectar diretamente em algo que seja singelo e poderoso. Fruto das letras estonteantes."Whispers in the dark. Steal a kiss and you'll break your heart. Pick up your clothes and curl your toes. Learn your lesson, lead me home. Spare my sins for the ark, I was too slow to depart. I'm a cad but I'm not a fraud. I'd set out to serve the Lord. But my heart was colder when you'd gone. And I lost my head but found the one that I love. Under the sun, under the sun.", num ritmo folk vertiginoso a bela "Whispers in the Dark" traz esse belo refrão. Uma entre tantas outras da banda.

O grupo que incendiou Glastunbury caminha com as próprias pernas esperando apenas do futuro poderem cantar para o maior numero de pessoas, de turnês em turnês pelo mundo espalhando essa magia tão excessiva e grandiosa que são suas belas canções que falam de esperança, amor e vida. Um espetáculo.


They... on the COVER


Na New Musical Express ano passado...
Na Q Magazine desse mês...

  • Seu mais recente videoclipe, da faixa "Hopeless Wanderer", do disco "Babel"... com os atores Jason Sudenkis, Will Forte, Jason Bateman e Ed Harris. Bem divertido.



  • E o disco mais recente super vendido "Babel" na integra.




Na camaradagem: Balançando seu chocalho, na companhia do The Boss.

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