domingo, 24 de novembro de 2013

Paul McCartney lançando 'NEW', inventando 'selfie' e tirando uma no programa do Jimmy Fallon

*Breaking News: Sir. Paul McCartney tirando uma na América

Tocando faixas do seu novo disco...

Lenda incontestável da música por ter feito mil e uma coisas durante sua vida incluindo ter feito parte de uma banda de uns garotos ali chamada The Beatles, o super gente fina Sir. Paul McCartney participou de programas de entrevistas para divulgar seu novo disco de inéditas, 'NEW', produzida por quatro diferentes produtores bambas, do nivel de Mark Ronson. Só que ele foi no Jimmy Fallon, e foi uma das participações mais engraçadas que o programa já teve. Com uma boa série de piadas hilárias, o ex-integrante do SNL fez revelações sobre Paul (!) e sem mais, ah e ele foi ainda no programa do outro Jimmy, o Kimmel e parou Nova York com concertos, e foi entrevistado e foi hilário, veja os videos abaixo:


Paul no Jimmy Fallon: Hilário. 


  • Trocando os sotaques: Jimmy Fallon pega o sotaque britanico de Paul, e agora?





  • A palavra de 2013 "selfie": Paul McCartney a inventou. 








  • Paul escrevendo canções: O processo de criação de novas músicas começa...





  • Concertos de Paul, Concertos de Rolling Stones sendo vistos por Paul, etc...: What?!











Agora... Paul McCartney no programa do Jimmy Kimmel, parando a Hollywood Blvd, fazendo show for free.





  • A entrevista hilária no Kimmel:




Paul McCartney, o Dave Grohl dos The Beatles: Brian Epstein e Paul McCartney

sábado, 23 de novembro de 2013

O NOVO Paul McCartney

Paul, 71 bem conservados: Sua discografia nunca pareceu tão fresca quanto em 'NEW'

O som do rock'n roll, suas batidas e sinuosidades muito se deve aos anos em que no topo da Billboard estavam quatro garotos de Liverpool que faziam um rock inspirado em lendas da música, indo de Elvis, a Chuck Berry e os The Evely Brothers. Décadas se passaram, a música se modificou e mudou como esperado. E diante de nós está um daqueles quatro garotos de Liverpool que veio a não se acostumar com a idade e nem por um só instante parecer a idade que tem. Paul McCartney entrega agora seu 49° disco se contarmos seus discos nos Beatles, nos Wings, projetos solos, etc. Seu som nesse periodo se modificou, mas nem tanto. Há algo que o caracterize em cada periodo, claro, em seu som. O seu espirito continua o mesmo sempre em busca de algo que incite o novo sem parecer revolucionario, e sim alinhado com aquilo que mais sabe fazer na música: escrever belas canções acompanhadas de melodias de R&B, blues, com toques de synthpop em especial nesse novo disco.

O Paul McCartney de hoje carrega uma bagagem que traz principalmente a amizade que teve com John Lennon, a parceria musical que funcionou como força motora do que foi os Beatles. Eles deram ao rock aquilo que ele precisava, a atitude, o pop, os fãs, a mídia e tudo mais. Ao fim da banda em 70, em entrevista para a NME ele lembra que ficou pensando "Oh meu Deus, para onde vou agora? Tentar conseguir ir juntos com o Wings. Tem algumas faixas aqui..." Foi o que fez em 72, com seu primeiro trabalho com a banda composta por Denny Laine (ex-Moody Blues) na guitarra e sua mulher na época Linda McCartney nos teclados. Logo antes de se dedicar a nova banda havia lançado um album solo em 71, chamado Ram. Passando pela década de 80, ele lançou diversos discos solo, dando uma nova guinada em sua carrera musical agora concentrada em seu proprio nome. Lançou 'McCartney II' (1980), 'Tug of War' (1982), 'Pipes of Peace' (1983), 'Press to Play' (1986). Fez um disco 'Choba B CCCP' (Back in the USSR, traduzindo do russo) que circulou apenas pela União Soviética, e que posteriormente foi lançado no mundo apenas em 1991, e o disco, 'Flowers in the Dirt', o oitavo de sua carreira, que impulsionou sua primeira turne mundial desde a turne com os Wings, em 1976.


Com Linda em seu momento com o Wings.

Lançou tres discos na década de 90, Off the Ground (1993), sonoromente lembra o antecessor 'Flowers in the...', o nostalgico 'Flaming Pie' (1997) e o intenso e mais carregado de rock'n roll das antigas 'Run Devil Run' (1999). Em 2001, lançou 'Driving Rain', um album que acabou ganhando uma faixa adicionau "Freedom", em homenagem ao 11 de setembro, e logo em seguida veio 'Chaos and Creation in the Backyard' (2005) e 'Memory Almost Full' (2007) e um album de covers de músicas de jazz e pop, 'Kisses on the Bottom' (2012).

Na mega turnê com o Wings, que rendeu o disco "Wings Over America", um registro dos shows.

Escrever sobre Paul não é simples, você sempre se depara com coisas que gostaria de dizer, discos e sons que fez, sua vida nos Beatles, como compositor e um dos membros (se não o mais) mais pé no chão. O que escrevo aqui não sobre esse Paul do passado, pois esse está escrito. O que reserva Paul daqui pra frente? O NOVO. Assim, ele definiu seu novo trabalho. 'New' possui o que melhor ele fez nessas ultimas décadas. Soa fresco, intenso e nostalgico sem parecer demais caduco. Pelo contrário jorra criatividade e juventude. É impressionante como é fácil se deixar levar pelas memorias que Paul injeta nesse disco. Memorias que nem eu, nem você jamais tivemos. Um novo que guarda um passado que não devemos esquecer nem guardar, pelo contrário um passado que nos faz novo.


No estudio gravando 'NEW' em janeiro desse ano.


Nesse novo trabalho ele chamou uma força multi-tarefa de produtores ingleses bambas para coordenar o seu mais recente disco de composições novas, desde 'Memory Almost Full', de seis anos atrás. Mark Ronson (Amy Winehouse, Kaiser Chiefs), cuidou das faixas 'New' e 'Alligator'; Giles Martin (filho do produtor lendário dos Beatles, George) cuidou das faixas "On My Way to Work", "Appreciate", "Everybody Out There", "I Can Bet", "Looking at Her", e a faixa escondida "Scared"; Paul Epworth (premiado produtor pelo disco '21', da Adele), cuidou de "Save Us", o hit "Queenie Eye", e "Road"; Ethan Johns (filho do reconhecido produtor e engenheiro de som Glyn Johns, de historico de ter trabalhado com Led Zeppelin e The Who) cuidou das faixas "Early Days", "Hosanna" e "Turned Out", faixa presente na versão deluxe com trabalho adicional de Martin.

A faixa "Queenie Eye", Paul em uma entrevista disse que ela se tratava de uma brincadeira de criança, quando alguém vinha até ele, ele respondia: "I haven't got it, it isn't in my pocket", uma das melhores faixas do disco que inclusive teve videoclipe repleto de estrelas de Hollywood. Começa como se te instruisse na brincadeira e termina revelando que essas são as regras da vida. Genial Macca! "Play the game, taking chances. Every dance is much the same. Doesn't matter which event you choose. Never blame the circumstances. With romances seldom came. Never pick a fight you're gonna lose" e termina "It's a long way, to the finish.When you've never been before. I was nervous, but I did it. Now I'm going back for more. Hear the people shout" Outra faixa genial é a faixa-titulo, "New", que mistura o rock pop com guitarras glam, "All my life. I never knew. What I could be, what I could do. Then we were new." Simplesmente genial as composições desse disco. Um Paul muito inspirado. Achei que de longe esse é um trabalhos mais legais desse ano. O album em si todo alcança um ponto alto, as canções apesar de serem de produtores diferentes atinge perfeita coesão e surpreende. Apesar disso destaco aqui as faixas. "I Can Bet", "Everybody Out There", "Looking at Her" e "Alligator".



Macca on the cover in 2013...










Em "Early Days", Paul revela certos momentos com os Beatles. "Dressed in black from head to toe. Two guitars across our backs, we would walk the city roads. Seeking someone who would listen to the music. That we were writing down at home.", numa alusão a possiveis momentos com John Lennon. "Hair slicked back with vaseline. Like the pictures on the wall of the local record shop. Hearing noises we were destined to remember. We willed the thrill to never stop." Nessa faixa ele recorda dos que procuram sempre levantar coisas que nunca aconteceram com eles juntos. "Now everybody seems to have their own opinion. Who did this and who did that. But as for me I don't see how they can remember. When they weren't where it was at."

Num disco que de longe lembra um disco que em certos momentos os Beatles, os Wings, ou até mesmo junto de Lennon fariam juntos. Um disco ligado ao passado, com a sede de criar algo novo nessa vida. Assim é ao mesmo tempo Paul McCartney. Perguntados pela NME, os produtores diziam algo proximo do seguinte: "Não acho que Paul queira crescer." Ao que Paul responde: "Yeah! Eu acho que é verdade. (...) Você sabe o que eu penso? Mentalmente, eu não penso em mim mesmo como tendo essa idade que eu tenho. É um pouco chocante, você não acha?" E quem disse que ele cresceu afinal. Que ele não continua tão intenso, criativo, brilhante como nunca esteve nos Beatles anos atrás. Como ele finaliza na composição da faixa "Early Days", do seu novo disco: "I lived through those early days." E que ouso complementar: Sem deixar que os outros saibam aonde está a bola, como na brincadeira de Queenie Eye. A bola aqui o segredo de sua música, sempre tão fascinante.

Paul parando NY: Em divulgação de 'NEW', ELE PARA NOVA YORK, digo transito, comércio. Tudo.






> Espero poder realizar meu sonho de ver ele ao vivo ano que vem, já que terá a Copa do Mundo aqui no país, uma boa oportunidade de ele voltar a América do Sul, mais precisamente no Brasil, e em São Paulo se for possivel, por favor Macca, por favor!!

Lenda.  Foto: The Guardian

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Lambida: Nine Inch Nails - Hesitation Marks

Trent Reznor e seu ressurgimento com o NIN: Um baita retorno.
No grito. O rapaz embalando aquele som industrial, heavy e poderoso.

Os anos 90 trouxeram grandes nomes que carregam em si o peso de uma década. Nomes como Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden, icones do genero chamado grunge, estilo de som dominante na primeira metade da década, são exemplos de bandas dessa época. O que chamou a atenção mesmo fora desse gênero, e que alem do mais projetava o futuro da música, trazendo algo fresco e poderoso foi a banda liderada pelo franzino e cabeludo Trent Reznor que elevava sob um som de batidas programadas e desconcertantes uma forma livre de guitarras indo de encontro com um som eletronico viciante e vertiginoso. O poderoso som alto, feito com aquela ambientação toda de uma era em que tudo o que trazia o tecnologico e computadorizado entrava na moda levava o nome de música industrial sob os rodapés que tentavam explicar o que era aquele som que viria a definir uma geração. A banda chamava-se Nine Inch Nails e o que podemos dizer dela se não formos a fundo no que ela causou. Fizeram uma das apresentações que tornaram o Woodstock de 1994 algo memorável, da mesma forma como a apresentação de Jimi Hendrix tocando em chamas sua guitarra em 69, como bem lembra a revista NME, o fez. A banda teve até aqui seus altos e baixos, onde o alto pode se encontrar na obra-prima máxima da banda e um melhores discos da história da música (o album "The Downward Spiral") e o baixo na época do disco enfadonho e confuso ("The Fragile"), onde Reznor caiu feio nas drogas e nas bebidas. O som do disco soava algo experimental demais e longo a ponto de cansar. O que levou de certa forma após lançarem outro disco regular ("Year Zero", de 2007), ao fim do NIN por um periodo indeterminado em 2009. Isso tudo até anunciarem em março desse ano o retorno da banda, trazendo não apenas eles de volta a estrada como anunciando a gravação de um novo disco para setembro. O que ficou é a pergunta, a banda ainda está relevante para o mundo da música?

Consiente que devia um disco de Best Of para a gravadora, Reznor se pos a trabalhar em duas canções, que com o passar do tempo percebia já ter feito mais algumas o bastante para que a sua frente estivesse um album novo. Foi o que precisava para trazer a banda do limbo. E do limbo para não algo simples, mas extremamente bem elaborado e planejado. Uma turnê extravagante e cheia de efeitos especiais, trazem um NIN que além de evocar uma nostalgia em palco traz o poderoso clima que tanto faz deles uma das coisas mais relevante na música. Um Reznor bombado e musculoso de ombros enormes vestindo sempre uma simples camiseta preta e calças pretas acompanhada de sua bota de couro preta. Diferente do garoto franzino e rebelde do inicio dos anos 90. O viciado em cocaina e tequila, amigo de Marilyn Manson e jovem em busca de mais perguntas do que respostas, dá lugar a um cara de 48 anos de idade pai de familia, casado e comprometido em mais trazer respostas do que perguntas para o que quer do futuro, da carreira e assim sendo do Nine Inch Nails, sua banda.

No intervalo em que encerrou as atividades da banda foi convidado para participar da trilha de um filme do diretor David Ficher (A Rede Social), ganhou um Oscar com esse trabalho e ao lado de seus novos amigos e companheiros Dave Grohl e Josh Homme fizeram o documentário Sound City além de outras coisas.

Sobre o novo disco que lançaram esse ano, "Hesitation Marks" passeia pelo que foi o NIN até aqui. Não esconde as intenções de tratar o presente menos provocativo e inquieto. Parece querer assinar muito mais a banda como algo em busca de um sentido para o que veio passando até aqui. Não quer ser algo além de um belo disco de sons intrigantes e bem feitos. Sem pretensões, a banda de Reznor vai além do que poderia pretender. Sem o compromisso de entregar algo, tendo nascido do acaso, "...Marks" é recheado de faixas delirantes de pirar e não parece enfadonho. Falo do primeiro single "Came Back Haunted", tendo inclusive o vídeo clipe dessa faixa sendo dirigida pelo amigo de longa data David Lynch. O vídeo pertubador foi indicado proibido por conter cenas que causem epilepsia. Pensa. O som dessa faixa lembra algo que eles sempre fizeram só que adicionada ao tempero de batidas aceleradas que pulsa no ouvinte. "Now I've got something you have to see. They put something inside of me. Its smile is red and its eyes are black. I don't think I'll be coming back." em gritos solta o bombado Trent. Que conta muito do que é a urgencia de ser algo nos dias de hoje na faixa "Copy of A": "Look what you had to start. Why all the change of heart? Well you need to play your part. A copy of A, copy of A  Look what you've gone and done. Well that doesn't sound like fun. See I'm not the only one. A copy of A, copy of..." Em outros momentos ele solta um desabafo por tudo que passou em sua vida em "Everything" num som que não agradou muitos fãs por ser pop demais. Bobagem: "I survived everything. I have tried everything. Everything everything. And anything." Outras boas partes do disco é a claustrofóbica "Running" e a deliciosa "Find My Way". Um disco com todos os méritos nas letras aos sons poderosos, o NIN voltou direto dos anos 90 e pede para você embarcar nessa viagem ao tempo. E tem como recusar?

Sobre eles serem relevantes ou não, fica o seguinte: Ouça o disco e discutiremos depois. Eles tão com tudo.



Eles foram atrações principais dos festivais de Reading e Leeds na Inglaterra, do Lollapalooza Chicago desse ano e ano que vem serão atração do Lollapalooza Chile, Argentina e Brasil.


Até.