quarta-feira, 26 de junho de 2013

♥♫ : Friendly Fires - Kiss Of Life



A incrível nova do Arctic Monkeys: Do I Wanna Know?

No deserto bem arrumados.

"Do I Wanna Know?", o novo single da banda mais legal da terra da rainha, os Arctic Monkeys, é uma mistura boa de tudo o que eles fazem desde Humbug, e com aquela pegada dada a banda pelo mentor recente da banda, o dândi Josh Homme, commander-in-chief do Queens Of The Stone Age, ou seja, sombria e cheia de guitarras insinuantes.
Os garotos que apostavam que você se saia bem na pista de dança cresceram e agora estão ousados ao cubo. Esse novo single do disco "AM", que deve chegar em 9 de setembro, promete trazer além dessa nova faixa, a já conhecida "R U Mine". O resto é conferir para não desmentir, mas sinto que eles vão causar no mês do meu aniversário. Vesh.





E tem esse vídeo que eles divulgaram da nova música... Alex Turner tá pronto para saber.

Video do single divulgada lançada pela banda. Curti.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Lambida: The National - Trouble Will Find Me

Matt Berninger e trupe prontos para mais uma dose de dores e canções majestosas.
Em estúdio para os últimos ajustes do seu novo álbum, "Trouble Will Find Me"

Estamos em 2010. A banda incrível de Cincinatti, Ohio, The National acaba de lançar o quinto disco "High Violet", que daria novos rumos e uma extensão daquilo construido nos ultimos quatro lançados pela banda até então. Os dois primeiros foram ignorados pelo publico que ainda não havia reconhecido o grande talento da banda. Nada demais. Os álbuns "The National" (2001) e "Sad Songs For Dirty Lovers" (2003), apesar de excelentes ainda careciam de hits que batessem a porta do publico. Foram com os dois seguintes, que chamaram a atenção do publico independente e atenção da critica. O terceiro album, "Alligator" (2005), com a presença de um som tão cheio de nuances e guitarras marcantes, e de letras que aliado a isso ainda trazia algo de novo a música. Sem falsos testamentos, quem ouvia as letras de canções como "Abel" e "Secret Meaning", conseguiam entender bem a razão da banda ser tão incrivel. O terceiro album ainda trazia a deliciosa "Karen", com letras que expõe o lider da banda Matt Berninger numa declaração de amor a sua esposa. "Lit Up" e "Baby, I'll be fine" completa o disco, que fecha com "Mr. November", um som que consegue selar bem o espirito da banda: Canções melancolicas, que ainda trazem ali algum fio de esperança.

A banda que é formada por Berninger nos vocais, ainda traz os gêmeos Aaron (guitarrista) e Bryce Dessner (guitarrista e tecladista), e os irmãos Scott (baixista) e Bryan Devendorf (baterista) se tornou a banda do momento com a chegada do redentor, Boxer (2007) que com faixas como "Mistaken for Strangers" e "Fake Empire" alcançaram o topo do sucesso, tendo inclusive a ultima faixa sido usada pelo presidente americano Barack Obama, em sua campanha, numa retribuição ao gesto que a banda teve ao apoia-lo, distribuindo camisetas estampando o titulo da faixa de "Alligator", ("Mr. November", devido ao mês das eleições por lá). E isso só demonstra o quanto eles foram se aperfeiçoando com os discos anteriores. Agora, eles proprios se tornaram melhores e com um som mais apurado, ainda que pessoalmente ainda prefira "Alligator", muito por uma questão de achar as canções que formam o terceiro disco mais coeso e com canções que considero as melhores que já haviam feito. Não desmerecendo "Boxer", que um outro disco sensacional, com lindas e emocionantes faixas, com destaque meu para "Slow Show", "Apartment Story" e "Squalor Victoria".

"Estamos ficando melhores com o tempo? Acho que sim. No inicio, não tinhamos muita noção do que queríamos. Esse processo lento nos fez entender como seria facil desaparecer se não fizessemos discos realmente bons. Seja ótimo ou desapareça. É assim que funciona.", diz Matt Berninger em entrevista por telefone ao jornal Folha de São Paulo (5/5/2010) no lançamento do quinto disco, "High Violet". Esse quinto disco teve ali um pouco de tudo. Vou confessar, foi a minha porta de entrada ao quinteto, que já tinha ouvido falar na época devido a repercussão do apoio ao democrata Obama. Quando pus o disco para rolar, logo vi que "Terrible Love" não seria a unica música a me arrebatar. Viriam mais e mais. O disco inteiro, de cabo a rabo é um emocionante viagem ao mais interior do ser humano. Algo que não conseguimos expressar facilmente. Dores, sofrimento e abandono. Tudo isso sem volta aparente, como deixa bem clara as letras profundas. "I never thought about love. When I thought about home. I still owe money to the money to the money I owe. The floors are falling out from everybody I know. I'm on a bloodbuzz", como canta Berninger na linda Bloodbuzz Ohio, uma canção sobre lugares que já não são mais os mesmos, nem as pessoas ali, nem nós mesmos. Apesar do sofrimento, que é a vida, vemos nos arranjos que trazem o disco, nas batidas que partem das baterias e das guitarras ferozes e desesperadas um sopro de esperança, como se nada estivesse perdido. Marca registrada da banda, que agora em "High Violet" parece elevada ao máximo. Não tem como o album não chamar a atenção de quem ouve. Beira a uma obra-prima. As dramaticas "Sorrow", "Anyone's Ghost" e "Little Faith" se misturam com as melodias pop rock dilacerantes "Lemomworld", "England" e "Runaway". O album foi ainda eleito em 2011, como um daqueles "1001 discos que você deve ouvir antes de morrer". E não duvide disso.


Agora em 2013, uma das minhas bandas favoritas volta com o disco "Trouble Will Find Me". O sexto nessa trajetoria. O poeta e dândi Matt Berninger, conhecido também por sua incondicional mania de quebrar protocolos em shows de descer do palco e se perder na galera, agora usa oculos e anda afim de fazer um rock mais rápido, sem perder aquela composição extremamente dolorosa de suas canções. "This Is The Last Time" traz aquele clima tão caracteristico que é bem conhecido, instrumentos afiados soando sempre se perdendo em meio a desilusões. "Jenny, I am in trouble. Can't get these thoughts out of me. Jenny, I'm seeing double. I know this changes everything.", sussurra um Berninger que beira ao conformismo.

Senti como se aqui não fosse a intenção da banda fazer algo mais bem feito que o disco anterior, ou fazer uma ponte entre eles. Em vão, de toda sorte, já que "High Violet", como já citei, é um achado. E "Trouble..." tem suas proprias dadivas. Uma delas, e talvez a maior delas é ser o mesmo som de sempre, com as mesmas letras dilacerantes de sempre, com algo de original. Talvez eles estejam mais cru e como o titulo do album proprio diz, os problemas irão achar para onde que ele vá, ou nós no caso ao ouvir. A faixa "Demons" é uma das mais interessantes. As batidas fazem dela um hino, ou quase, da fraqueza humana. Como já disse uma vez o colunista da Folha, Alvaro Pereira Junior, The National é uma banda de rock para adultos. Agora talvez mais do que nunca. A composição de "Demons", incrivel composição feita por Berninger dá uma amostra dessa falta de perspectiva diante dos problemas que nos cercam: "Can I stay here? I can sleep. On the floor. Paint the blood and hang the palms. On the door. Do not think I'm going places anymore. Wanna see the sun come up above New York. Oh, everyday I start so great. Then the sunlight dims. Less I've learned". De partir o coração, não?

Talvez, o que torna esse album tão incrivel é a mesma coesão de todas as canções, como vim a citar aqui, ao me referir as canções todas do disco se somam, e não são partes expostas e individuais. Ouvir o disco inteiro tem uma diferença, do que ouvir faixas distintas. Como nunca, eles aqui são capazes de te fazer sair de coração partido, com tanta beleza e de um som tão singelo que se sobrepõe ao que eles fizeram até aqui, em muitos momentos, mesmo aqui não tendo sido a intenção da banda. Um ponto de positivo aqui que faz a diferença sempre é eles serem capazes de ao não se deslumbrarem com a criatividade dos discos anteriores continuarem a fazer excelentes discos. "I Should Live in Salt", "Fireproof", "Pink Habbit" e "Slipped" são achados. Assim como a linda "I Need My Girl", que fala de um amor por uma garota que existe? Aonde ela se encontra nos momentos mais intensos de solidão do nosso vocalista de Ohio. Porem ainda sou apaixonado pela magnifica faixa do album que pode ser considerada uma das melhores da banda. Falo de "Don't Swallow the Cap". Sente só: "I have only two emotions. Careful fear and dead devotion
I can't get the balance right. Throw my marbles in the fight. I see all the ones I wept for. All the things I had it in for. I won't cry until I hear. Cause I was not supposed to be here." Sempre percebo nessa faixa, nessas sacadas tão geniais quanto qualquer faixa do The Smiths, Bob Dylan e outros tantos. Berninger é o cara. Acha que é pouco? Outras duas faixas parecem roubar o disco. "Graceless", e um processo de redescobrimento e auto-conhecimento em meio a dores passadas. "I'm trying, but I've gone. Through the glass again. Just come and find me. God loves everybody, don't remind me. I took the medicine and I went missing. Just let me hear your voice, just let me listen" e a faixa "Sea Of Love", evoca o personagem da Biblia, Jó, no seu refrão para mostrar que o amor não se mostra quando mais precisamos. "Hey Jo sorry I hurt you, but they say love is a virtue don't they?" E ainda nos põe numa sinuca de bico: De que adianta ser tão sábios e admirados, se no fim somos feitos da mesma dor. Tenso, não? Porém é ai que mora a poesia humana e catártica deles. "I see you rushing now. What did Harvard teach you?" Tem como passar despercebido de uma banda tão fantástica como o The National?

Matt Berninger faz o melhor disco do ano até aqui e nos mostra que até onde os problemas podem nos achar. E não há como escapar. Se serve de consolo, ele acabou fazendo as melhores músicas para passar por momentos de duvidas sobre nossa capacidade de continuar acreditando. A esperança no fim prevalesse sempre nas brilhantes composições desse rapaz de 42 anos de idade. Um disco que vale a pena experimentar calmamente e de uma vez. Magnifico.

 



Gosto: Excelente.

Ao vivo no festival de Bonnaroo desse ano...

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Aquele dia em que os robôs conquistaram o mundo.

Are u ready for some nice songs and a new record what for god's sake, will be awesome?

Ok, é bem provável que você os conheça, mas até que ponto eles já te convenceram de suas capacidades robóticas de te fazer dançar sozinho num quarto escondido de todo o mundo. Ou mesmo até numa pista de dança, numa festa... ou quem sabe em casa com os amigos, ali com eles tocando uma no som em seus aposentos. Eles a quem me refiro, ou melhor o Daft Punk já virou lenda desde que surgiram em 1997 com seu "Homework". Dos hits como "Revolution 99", "Da Funk", "Around the World" e por ai vai.., eles souberam criar um estilo, gênero e identidade própria numa década que já ficou marcada como o inicio daquelas batidas eletrônicas, talvez até mesmo um ritmo musical que ao lado do pop grudento causou nessa época. Os anos 90 terminariam com dois robôs como grandes promessas e salvação da música. Exagero? Talvez se não formos atentos ao que eles pretendiam com tudo aquilo, vestimentas, capacetes... afinal quem são eles?

A dupla formada pelo luso-francês Guy-Manuel de Homem-Christo e pelo francês Thomas Bangalter se conheceram em 87 em uma escola secundária de Paris, onde se tornaram amigos. Formaram na época ao lado de Laurent Brancowitz, em 1992 uma banda baseada num som mais puxado a guitarra chamada "Darlin'", uma homenagem a canção "Darlin", dos Beach Boys. Ao abrir shows no Reino Unido para o grupo eletrônico Stereolab, eles saíram na Melody Maker da época, que os chamaram de "a bunch of daft punk" (um bando de punks bobos, em inglês). Ao invés de se abaterem ou contestarem, a dupla achou divertida a critica e resolveu, com a saída de Brancowitz da banda, acabou aproveitando oportunidades com a banda Phoenix, mudar e se chamar Daft Punk. Coisas da vida, ironias a parte, a brincadeira só fez a dupla deslanchar ao misturaram sintetizadores e maquinas de ritmos (mais conhecida também como drum machine) num novo formato do ritmo de música do qual haviam fazendo.

O primeiro álbum, "Homework" foi considerado por muitos uma síntese inovadora do techno, house, acid house e estilos de electro, e reconhecido por muitas publicações da época como um dos mais inovadores álbuns dos anos 90. Sempre gostei desse álbum, particularmente dos singles "Da Funk" e "Alive". Vale lembrar que ambos foram os singles de estréia da dupla, que foi ganhando notoriedade no cenário musical até a chegada... de "Discovery", o fatídico segundo e incrível álbum lançado em 13 de março de 2001. O frenesi tava ali, mas o mais interessante foi a recepção. Foi segundo no Reino Unido e já vendeu 2,6 milhões de dólares. Os singles "One More Time", "Aerodynamic", "Digital Love" foram os destaques do álbum que ainda trazia o magnânimo hit "Harder, Better, Faster, Stronger", daquelas que causam estalo em quem ouve pela primeira vez. É puro house e eletrônica, com momentos que intercalam e produzem aquela sensação de gradação nas dimensões da música. As vozes repetindo o título da canção, por eles próprios decodificados em vocoder, para dar aquela aura robótica. Lembrando que Kanye West chegou a fazer uma versão sua desse hit dos franceses, chamada de "Stronger".



Em março de 2005, eles lançaram o meu disco favorito, o "Human After All", daqueles de cabeceira. O poder que eles trazem muitos contestaram. Disseram que o novo disco não soava como o bom e velho Daft Punk. Acho pura besteira, hits como "Technologic", "Human After All" e "The Prime Time of Your Life" são capazes de causar uma boa disposição em dar uma dançadinha. hehe. E como não poderia deixar, "Robot Rock" traz o que o disco de 2005 é: puro rock e minimalismo aliado ao já conhecido som house da dupla. É pura energia em música. Explode e vai tentar não dar uma jogada para o lado. É daquelas canções de virar a cabeça. Quando ouvi na época vi na hora que o som era difícil de entender, eles haviam feito algo muito bom. O trabalho não tem talvez aquela pretensão dos dois discos anteriores, mas causa boas sensações e diverte à baciada. Depois desse trabalho, veio em 2008 a proposta de fazer a trilha sonora do filme "Tron, O Legado", da Disney. O resultado não curti muito, mas tem bons momentos como em "Derezzed", carro-chefe dessa empreitada.

Então chegou o ano de 2013, mais precisamente o fatídico dia 21 de maio, e com ele o novo disco "Random Access Memories". O primeiro em sete anos, é isso mesmo produção?... sete longos anos. E o resultado foi atravessando toda a nuvem de marketing pesado, promessas de que então bateria o insuperável disco do Oasis "Be Here Now", e o single extremamente viciante lançado por eles para a rádio, a deliciosa "Get Lucky", nas vozes de Pharrell Williams um estrondo. Ah e sim, agora boa parte do álbum tem vozes dando uma incrementada. Colaborações do nível de Williams, como já citei, Julian Casablancas, Nile Rodgers, Paul Williams, Todd Edwards e por aí vai. Vale lembrar a faixa incrível em homenagem a Giorgio Moroder, o grande inventor se assim podemos dizer do som eletrônico como conhecemos hoje em dia. Na faixa, "Giorgio by Moroder", ele segue narrando sua vida e sua paixão pela música. Fiquei chocado com a brilhante ideia de homenagear e ao mesmo instante trazê-lo a tona, seu nome e seu legado aos muitos como eu que jamais ouvira seu nome até então. Vou ainda escrever minhas impressões de RAM aqui e prolongar esse assunto.

O que resta a declarar nesse post lindo sobre a dupla mais linda ainda é relembra-los para prosseguir o caminho desse ano em que eles são o assunto. O Daft Punk nesse momento é o que mais se aproxima de tornar esse ano memorável na história da música. A importância do lançamento desse álbum esta toda na carga de expectativa criada, somado ao fato deles possuírem canções que sim podem entrar para aqueles momentos retrô algum dia na história e isso sem contar com o que realmente o novo trabalho deles é de fato: um exercício de como a música é uma daquelas artes onde se pode experimentar o quanto for, que teremos ainda um deslumbre fresco da forma de lidar com os sentidos.

Guy-Manuel e Thomas nas capas da revista desse ano de 2013...oh wait. Oh no.

Rolling Stone

Dazed and Confused

No Japão...
New Music Express
Obsession: close nos rostos, capacetes...

PaperMag: Fofos não?
Wax Poetics


Para promover o RAM, os robôs mostrando sua dominação pilotando na Formula 1...
Ter sorte a noite inteira com os robôs bem vestidos...


- O meu disco favorito dos robôs, "Human After All"... até a chegada de RAM, mas isso é história para outro post.



Os assentos bem ocupados.

O mundo desbravador de Foals

Esse busão que não chega...
A galerinha de Oxford anda com vontade de mostrar serviço. Uma turnê por vez e a banda Foals que já são figurinhas carimbadas pela Europa, onde já tocaram nos principais festivais de lá, agora querem abraçar o mundo. Formada pelos integrantes Yannis Philippakis (vocalista), Jimmy Smith (guitarrista), Jack Bevan (baterista), Walter Gervers (baixista) e Edwin Congreave (sintetizadores), o Foals surgiu com um outro vocalista. Andrew Mears, do Youthmovies foi o guitarrista e vocalista no EP 7'' single de estreia chamado "Try This On Your Piano/Look At My Furrows Of Worry", até o momento em que ele se concentrou em priorizar o disco de estréia do Youthmovies, "Good Nature". Quem assume os vocais é Yannis que dá uma cara mais encorpada a banda e ao som que produzem. O que não estava escrito era que a então banda Foals, seria algo bem  maior do que se previa...
Ou pelo menos maior num sentido inicial dentro do mundo de indie rock popularizado no berço do rock, a Inglaterra. Em 2007, em pleno verão, a banda ganha a astucia de um produtor de peso. Ao lançar seu primeiro album "Antidotes", a banda que mistura num caldeirão o melhor do math rock, tecno, indie rock e new rave é conduzida por Dave Sitek, o cara que colocou TV on the Radio no mapa. A partir daí ganham de cara dimensão de promessa pela NME que os põe no topo:

Banda do ano de 2008, é mole ou quer mais?
Juvenis em Glastonbury... Olha essa banda e tal. Ganhando respeito na rodinha inglesa.
Ainda pela NME, que os coloca no centro das atenções, o garotos sem dessas etiquetas de Oxford, em Leeds.
E no topo, ou pelo menos ali num lugar para se ver o horizonte, a banda chega com as músicas Cassius, Balloons, Olympic Airways,  Hummer e  Red Socks Pugie, do primeiro albúm. Nas rodas de conversa ali o nome deles já aparece, principalmente na mídia. O album debute da banda chega ao No. 3 nas UK Album Charts, tipo as mais vendidas, enfim... só alegria. E reconhecimento.
O segundo album "Total Life Forever" é descrita pela banda como "como o sonho de uma águia morrendo"... humm, soturno hein. Produzido dessa vez por Luke Smith, um sujeito que de curriculo só o fato de ter liderado uma banda pouco conhecida, Clor. Trazendo hits que são explendidos e vertiginosos, a minha favorita do disco é "This Orient". De uma sutileza e com uma tremenda letra, ela explode no refrão. Lindona. Há também "Spanish Sahara", bem intensa e bela. Além da canção-titulo "Total Life Forever", cujo nome traz elementos de uma seita que fala de uma singularidade tecnologica, futurologia e outros babados.
Há ainda nesse album as muito boas "Miami", "Blue Blood", "Fugue" e "After Glow".
E aqui estou para falar nesse post do seu novo albúm, que por ventura poderá ser ao final desse interessante ano de 2013, o melhor disco do ano, ou não, veremos. O que se sabe até aqui é que "Holy Fire" incendeia. É o melhor deles até aqui. O primeiro single divulgado "Inhaler" é tudo o que uma canção precisa ter para ser lembrada por nós quando de repente sentiremos vontade de ouvi-la mais uma vez. Com um ingrediente esperto de heavy metal, com sintetizadores e aquela pegada indie rock. O resultado simplesmente incendeia com proporções nunca antes vista. É viciante, e candidata forte a musica do ano... se não competisse com "My Number", hit que traz aquele math rock, com aquela coisa toda de sintetizadores em seus ouvidos fazendo um som gostoso e viciante². Além do album inteiro que já começa com um Prelude bacana, e que segue até chegar em "Bad Habit", minha favorita. (Favorita?). Sim, e explico. A sinuosidade da música é impressionante. Eles misturam tudo o que eles sabem fazer de melhor e cria um resultado singelo e que te traga a umas boas viagens de olhos fechados. Fantástica. Há não desmerecendo, como já disse o album inteiro é bacana, "Late Night", "Providence" e "Milk & Black Spiders" são legais também.

E como já não bastasse tem assunto novo deles. O "Holy Fire" foi lançado em 11 de fevereiro, e após passar um tempo fazendo uns tours por ai (Lollapalooza Brasil, que eu fui... humm), faz um tour desbravador pela América, para mostrar que eles não estão de brincadeira, não. Inclusive saiu na "Q" desse mês agora uma baita reportagem mostrando a recepção e toda as relações que eles estão tendo por lá. São lindos, do jeito bacana de se assistir: Yannis se jogando na multidão, como fez no Coachella desse ano. hehe.

Na "Q" desse mês, os desbravadores: Segura, que ele vai se jogar. hahaha 
On the road por lá, pelas bandas da América (americana), os lindos do Foals só querem curtir um bom som e animar a galera com suas músicas sobre decepções, vida e futuro. O que resta para nós é curtir com eles esse som lindo de se ouvir e agradecê-los por nos entreter como ninguém. Disco do ano, música do ano. Tão podendo viu.

Foals no Lollapalooza do Brasil... ao vivo eles fazem bonito.



-  Show deles no Coachella desse ano... com Red Sox Pugie...

Capa da New Music Express desse ano.

- O lindo novo do Foals.


Até fellows.

sábado, 8 de junho de 2013

Henriquevoxx no The Vaccines em São Paulo

De posse do ticket...
Justin Young tocando todos os hits sensacionais...
Incrível dia. A banda inglesa do momento sabe balançar as estruturas.


O guitarrista Freddie Cowan, postando no Instagram oficial da banda horas antes no Grand Metropole.


Imagina. Rolando lá fora, diversos eventos da Virada Cultural, incluindo um (imperdivel?) pagode na praça da Republica, lugar de onde desci do metrô em direção ao reformado e suntuoso Grand Metropole (antigo Cine Metropole) para assistir ao tão (!) aguardado show da banda mais sensacional da Inglaterra nowdays, os serelepes do The Vaccines, que volta ao Brasil para mais uma algazarra e o melhor do rock indie, rock pop, ou pura e simplesmente bom rock que fazem. Diversos cidadãos estranhos passando por mim e ok, fomos lá. O que mais me chamou a atenção foi o clima de festa que rolava ali fora. Aquele clima permaneceria por toda a noite, o que de certa forma, não sei se a banda conseguiu perceber, mas eles estavam em uma cidade em festa (tirando aqui de fora todos os problemas com roubos que rolou nessa edição da virada). Parei em um mercado perto da Avenida São Luis. Peguei duas garrafas de agua. Nada de cerveja agora. Ao adentrar o local, peguei uma camisa oficial da banda (vicio meu de todo show), e fui ao encontro da banda. O que me esperava foi bem impressionante.

A banda de abertura do projeto promovido pela ClubNME, (versão de showzinhos legais que rolam nas principais cidades do mundo patrocinado pela revista inglesa NME, que chama uma banda legal e dá a oportunidade de uma banda local mostrar seu trabalho.) Inky, com uma garota linda e três marmanjos soltando um bom som misturando sintetizadores e boas doses de guitarra. Um pouco de Crystal Castles ali, gostei. 

Na hora, entra Justin Young com seu cabelão e barba e a trupe com o guitarrista Freddie Cowan, o baterista Pete Robertson e o baixista Arni Arnason revelando pelo segundo ano consecutivo em terras brasileiros (ano passado eles tocaram em abril no Cine Joia trazendo a turnê do primeiro album "What Did You Expect From The Vaccines?"). Dessa vez promovendo segundo album lançado ano passado, o excelente "Come of Age", eles tocaram com alguma exceções, todos os sons dos dois discos, em parte dado ao fato de terem músicas rapidas e de menos de três minutos e por serem uma banda jovem podemos dizer, já que só possuem dois discos. O resultado foi pura cartase, uma celebração que a galera criou naquele espaço bacana. 

Young por diversos momentos ficou pasmo com a emoção transmitida pelo publico que soltava letra por letra as canções ali entoadas, com vale ressaltar atitude e pulso de dândi do rock, Young com seus cabelos longos proferindo riffs com voracidade e fazendo questão de joga-los ao vento. Enfim, sai de lá maravilhado com o que havia rolado. Um momento de pura admiração a uma banda nova de tudo e com aquele vigor todo de músicas fáceis e irresistíveis que falam da vida real, os pequenos dramas, amores e romances, como as lindas "If You Wanna" e "No Hope". Não há um momento de seus dois albúms que bata um momento de critica a ser feita, são duas amostras do que está por vir. Sendo uma banda muito incrível tanto ao vivo quanto no Ipod, o que fica é essa sensação de que eles são capazes de tudo. Mês passado tocaram no O2 em Dublin, lotando o local e recebendo criticas messiânicas da versão impressa da NME. Aqui está o futuro da música, ou talvez o presente e nele que aproveito essa banda da qual confesso virei fã. O que vier deles daqui pra frente vira com uma expectativa compreensiva. 












Setlist:


1. No Hope
2. Wreckin’ Bar (Ra Ra Ra)
3. Ghost Town
4. I Always Knew
5. Wetsuit
6. Under Your Thumb
7. Tiger Blood
8. Melody Calling
9. All in Vain
10. Post Break-Up Sex
11. All in White
12. Wolf Pack
13. A Lack of Understanding
14. Aftershave Ocean
15. Blow It Up
16. Bad Mood
17. If You Wanna
18. Family Friend

Bis:
19. Weirdo
20. Teenage Icon
21. Nørgaard