quarta-feira, 27 de maio de 2015

Blur em sessions lindas e no Brasil em 2015

* não bastando ser dono do disco mais lindo desse ano de 199... cof, cof, desculpe 2015...

Ice Cream Man


A banda inglesa que dominou o britpop com seus sons com diversos estilos musicais, que passaram pelo grunge ('Song 2'), ao experimentalismo de novos sons (em seu mais ultimo disco 'Think Tank'), ao rock grandioso de encher os estádios e corações ('The Universal'), está com tudo. Primeiro que o disco novo "The Magic Whip" chegou ao numero um das paradas britanicas vendendo mais do que a soma dos cinco primeiros e doze anos depois da ultima vez que chegaram aos topos das paradas também em primeiro lugar, com 'Thank'. Lançaram um mini documentário bacana sobre a nova fase da banda no YouTube (abaixo), apareceram em programas de TV e ainda por cima arrancou nossos corações para fora com sessions que merecem ser revistos com muito carinho tipo muitas vezes. Foi para a rádio americana WFUV, de Nova York. Se não basta um dos programas de TV foram o do Jimmy Fallon, no Tonight Show. Que tocou uma versão de 'Tender' assim com o Roots. Tipo assim.


No embalo do lançamento de "The Magic Whip", em entrevista para a revista Billboard, o guitarrista e uma das mentes criativas da banda, Graham Coxon, disse que "é estranho que nós estamos nos nossos 45 e 50 anos e nós estamos só percebendo o potencial do nosso relacionamento musical" ("It's weird that we're between 45 and 50 and we're only just realising the potential of our relationship musically."). E ele continua dizendo que: "Esse processo tem mostrado para nós muito mais que eu jamais tinha imaginado, o que nós gostamos em nós mesmos e o que nós curtimos sobre música que nós fazemos juntos... Se nós tivessemos isso 20 anos atrás, teria sido tudo muito mais fácil" (This process has shown us a lot more than I ever thought it would, what we like about each other and what we both enjoy about the music that we make together... If we had done this 20 years ago, it would have been a lot easier."). Que coisa linda Coxon. E Albarn, entrega que "nós não tivemos intenção nenhuma de ter outra criança (um novo disco) e de repente, quase milagrosamente, um apareceu" ("We had no intention of having another kid and then suddenly, almost miraculously, one appeared.").

A banda não contente em colocar um sorvete na capa, irá vender o próprio nos seus shows

O documentário de mais de 30 minutos da banda em Hong Kong, mais do que não se pode perder se descolar uma meia hora...



Ai não acabando o hype em torno da banda, eles vão ainda colar na capital paulista em outubro desse ano na turnê do novo disco que virá ao Brasil, como adianta o site Popload Com os hits garantidos do novo disco, os antigos e tudo mais. Na Argentina e Chile já foram confirmados as datas e pré vendas, no Brasil é questão de tempo. Para encher o coração de Blur, as sessions lindas feitas pela radio WFUV. E uma entrevista feita para a Noisey, braço musical do conglomerado Vice, uma boa para entrar no clima de outubro.





E claro as sessions...





Depois dessa até mais!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Mumford & Sons mostra o lado selvagem da noite ao som de guitarras elétricas

Sem nada que os prende: Os Mumfords querem o som das guitarras.

Fora os banjos e fora os duble-bass. O som agora é o rock'n roll.


Numa viagem de buscas por uma urgência, temperamentos diversos e letras profundas e intensas, a banda de Marcus Mumford, Ben Lovett, Winston Marshall e Ted Dwayne desafia-se a si mesmo enquanto banda, deixando de lado o folk tão marcante nas canções de seus dois primeiros discos e parte para aquilo que consideram ser o seu eu mais intimo: são uma banda de rock'n roll e ponto. Talvez até ai, uma evolução sonora era mais do que esperado, afinal Babel (2012), nada mais soa como uma triunfante continuação do aclamado primeiro disco Sigh No More (2009). O que vemos aqui vai além do que esperávamos da banda que nasceu em pubs londrinos na década passada. Os Mumfords saem do folk como uma das maiores bandas do planeta, tendo já fechado dias de festivais como o de Glastonbury. Em "Wilder Mind", o terceiro disco da banda, tudo soa qualquer outra banda que você já tenha ouvido. De Dire Straits, passando por Coldplay, a The National, The Cars, e Kings Of Leon. O banjo, tão presente no som marcante na voz de Marcus, desaparece. Surge por vezes a guitarra elétrica arrancando um som alto e poderoso que pode nos levar a em algum lugar um Foo Fighters? "Wow, Britpop, é isso que voce esta dizendo?!", exaspera Marcus Mumford... "Foo Fighters, Coldplay!.. Er..Paolo Nutini?" e a inevitável comparação de "Dylan usa guitarras elétricas", assim descreveu a revista inglesa Q, ao ouvir o novo disco da banda em uma passei por Londres, com o vocalista. O resultado fizeram muitos estranharem demais a pegada pop que dizem terem partido a banda, mas o resultado é um disco que não tem medo de dizer aquilo que deseja. Já dessa vez para o seminário inglês NME, a banda diz que não vê outro resultado para o terceiro disco, se não assumir o lado rock'n roll de jaquetas de couro que vem usando, abandonando de vez as roupas tipicas folk dos dois últimos trabalhos que incluirão um disco ao vivo nas famosas Red Rocks. Um disco ao vivo que mostra a banda no seu auge no ano de 2013. Hoje, depois de anos longe dos palcos, eles estão prontos para assumir sua verdadeira face ao publico.

"Querendo ser musicos, nós tivemos que ser focados pra caramba na questão de cortar pelo barulho das expectativas, e sobre o que os seus companheiros estão fazendo" ("Wanting to be musicians, we had to be pretty fucking single-minded in order to cut through the noise of expectation, and what your mates are doing"), aponta Lovett para a revista Q, explicando a pressão por trás dos privilégios de estar na banda. "Ninguém entra de cabeça para a música por dinheiro. Isso não leva a nada" A trajetória da banda procura lembrar os membros da banda passaram por momentos de dureza, de noites em locais pouco confortáveis, indo de lugar em lugar em vans, do jeito que pudiam. Dwayne acrescenta: "(...) Eu acho que as pessoas pensam que nós tivemos ajuda de alguém, algum nepotismo dado por alguém, que foi fácil para nós chegarmos até aqui. O que é muito injusto. Nós dormíamos em vários locais. Como qualquer outra banda, como Oasis fizeram. Nós não somos tão diferentes." A pressão por serem uma das maiores bandas do planeta nos dias de hoje pesam nas criticas que são feitas a banda, desde que buscam sucesso a todo custo, que inventaram uma moda - da proliferação de bandas de folk-rock, como The Lumineers e sons como o do sucessivo massivo do DJ Avicii, "Wake Me Up". O que os Mumfords trouxeram nada foi a presença de uma energia poderosa, em canções que falam de coisas banais da vida, com um folk dançante e sem intensão de causar tanto, como explica o vocalista que leva o nome da banda.





Sobre se o novo disco não seria um risco grande demais para a banda que hoje já tem repousado em suas estantes diversos Grammys e Brits, um sucesso massivo no Reino Unido, a ponto do primeiro-ministro David Cameron elogiar a banda, a ponto de considerar sua banda favorita. E um sucesso tão imenso quanto nos EUA. Marcus responde na lata a Q: "É muito difícil fazer um album destacar-se, sem algum impulso que chame a atenção", e completa: "Mas isso aqui tem que ser sobre canções no fim, não?" Sem duvida, e aqui não resta duvida da grandiosidade da banda ao conseguir por detrás de um natural estranhamento após abandonarem a sua marca principal, que é o folk e os banjos e embarcarem para o rock'n roll, fazer de forma a continuar mantendo a essência de belas letras e profundas por meio de sons que só duram como o tempo. E não só por uma noite selvagem em uma cidade.


Logo a primeira faixa do álbum, 'Tompkins Square Park', referencia a um famoso parque em Manhattan, mostra uma sonoridade que vai crescendo até chegar as guitarras dominando pesado. Com letras que falam de uma busca inscessante dentro de nós mesmos por lugares onde gostaríamos de estar, que estivemos um dia e que vamos talvez estar. "But no flame burns forever, oh no. You and I both know this all too well. And most don't even last the night. No they don't, they say they don't", fala Marcus Mumford proximo das derradeiras guitarras. Aos poucos, o album já te leva até o fim com a sensação de que tentou-se nos conduzir a diversos momentos de uma noite ou de uma vida. Em 'Believe', o primeiro single da banda, traz ainda uma aura da banda do passado, dando as guitarras aquilo que nos mostra que elas são bem vindas. Como em "The Wolf", mais pop, mas não menos dilacerante, acelerada e urgente. Outro parque de NY surge no album. A linda "Ditmas", é referencia ao Ditmas Park, no Brooklin. Todas as faixas do album se entendem ao final, e o resultado são letras que imprimem uma bela visão das ruas solitárias das grandes cidades, em busca de tantos sentimentos para nos preencher que tudo parece carecer de mais um pouco. Aqui a banda faz o disco mais ousado e bem vindo de 2015, e que só espera ser ouvido e observado.






Até mais!

domingo, 24 de maio de 2015

Obrigado David Letterman!


Apresentar um talk show hoje parece ser fácil. Basta você se enumerar dentro de certas qualificações: você é comediante? Sim, ótimo. Tem facilidade de aceitação com o publico em geral. Sim, maravilhoso. Entre outras que possivelmente deverá ter um futuro apresentador de talk shows, nenhum poderá ter tirado tais qualificações para tal se não do homem que se aposentou nessa semana. O dia 20 de maio de 2015, será lembrado pelo dia em que David Letterman se aposenta da televisão e de seu midiático programa de talk show que obviamente foi muito mais do que um simples programa de conversas em geral como via-se com Johnny Carson, seu colega na NBC no Tonight Show.

Se hoje ligamos a TV brasileira e vemos Jô Soares e Danilo Gentili fazendo mil coisas, foram certamente nas muitas liberdades que se propôs Letterman em seus 33 anos de carreira nos talk shows. Tudo começa em 1 de fevereiro de 1982. David Letterman de um programa matinal, assume um talk show noturno, o Late Night With David Letterman. De lá pra cá, saiu da NBC, após ver o Tonight Show, que com a aposentadoria de Carson, ficar com o comando de Jay Leno, e não para ele que já assumia horas antes o Late Night. Conan O' Brian, roteirista dos Os Simpsons e do SNL entra em seu lugar. Letterman vai para a CBS, aonde se encontrava até o dia 20 desse mês.  Na CBS assume o até os dias de hoje popular Late Show With David Letterman, exibido no famoso Ed Sulliver theater, localizado na 1697, Broadway, entre a West 53rd com a West 54rd.

Quem assume seu mítico posto no Late Show é Stephen Colbert, conhecido já pelo The Colbert Report do Comedy Central, no segundo semestre.

This is Letterman...


 Tchau David!

Para lembrarmos sempre de David, aqui estão cinco momentos do seu programa que devem ser lembrados...









E que subam os letreiros...

:-(

domingo, 3 de maio de 2015

Cinco Anos.


O blog HENRIQUEVOXX, que leva meu nome e cuja origem está na vontade de escrever coisas que dizem respeito a tudo e a nada ao mesmo tempo fará no dia 12 de maio cinco anos de idade. Para iniciar os pontapés da comemoração mixuruca que darei para ele, proponho chamar o meu querido amigo David Bowie para cantar uma música que tem tudo a ver com essa data. Cinco anos de blog. Com Five Years, famosa canção do camaleão. E ai lembrei que o Seu Jorge fez um cover bacana para aquele filme do Wes Andreson, 'A Vida Marinha de Steve Zissou', dessa mesma canção resolvi colocá-la para tocar abaixo. É só para dar inicio as festividades. kkk




sexta-feira, 1 de maio de 2015

Interromperemos a programação habitual para anunciar que o Blur lançou o melhor disco do ano.

摇滚乐队模糊将发布2015年的最佳音乐专辑

您好!






Não estamos no ano de 1994. Nem Cindy Crawford é a mulher mais linda do mundo. Britpop é apenas mais uma daquelas referencias do passado sobre movimentos musicais relevantes. De alguma forma dificilmente veremos um disco mais legal em 2015 do que a de uma das banda mais famosas dos anos 90. A banda londrina formada pelos garotos quarentões Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree gravaram entre umas e outras sessões em Hong Kong, o oitavo disco da carreira, lançado essa semana. 'The Magic Whip foi apresentado ao publico de uma forma pouco convencional. Simplesmente numa manhã sai um post no periodico ingles The Sun, que indicaria que haveria uma surpresa para aquele dia. Aquele dia era o ano novo chines, e como se sabe a banda já havia usado essa data para apresentar albuns no passado. Só que não é só isso, a banda havia dado a luz ao disco na China, o que aumentou ainda mais as suspeitas. Na mesma manhã a banda convoca a imprensa para um restaurante chinês e boom...



 




Em 19 de fevereiro, com direito a presença do ex-garoto da BBC Radio 1,  Zane Lowe introduzindo a banda, de repente estava lá os quatro juntos. Décadas atrás a banda se separa por razões de briga entre Albarn, Coxon e a banda. Em 2009 eles estavam de volta. Lançaram disco de compilações, uma turnê, caixas comemorativas e ainda tiveram tempo de passar pelo Brasil, no festival Planeta Terra. E dai pararam mais um tempo. Albarn lança um excelente disco solo. E lá nesse restaurante chinês a banda anuncia que durante a turnê por Hong Kong eles fizeram um disco. E o disco seria lançado em abril. E que o primeiro single do novo disco "Go Out", já estaria no Itunes disponivel naquela mesma manhã para download, junto com a pré-venda de "The Magic Whip". Estampando um sorvete sorridente, uma nova banda anuncia que nunca estiveram tão a vontade, pelo menos não há pelos menos 20 anos, 12 anos pelos quais eles não lançam nenhum novo album (o ultimo "Think Tank", lançado em 2003, foi aclamado pela midia, dentre as quais a propria NME colocou o disco como um dos melhores da década, mas não soava muito o som caracteristico da banda, é mais soturno).


Blur is back! <3 br="">
 O retorno da banda já havia sido especulado, pelo próprio Albarn e pelos outros membros da banda. O disco novo trás um som fresco e cheio de melodias muito boas. "Go Out", o primeiro single tem seu ponto alto assistido junto com o video engraçadinho lançado na mesma manhã do dia 19 de fevereiro, apresentando uma moça chinesa preparando um sorvete caseiro, em alusão a capa do disco. Divertida e bem humorada, a música mostrava um som que era bem o que a banda é hoje. Descontraida. E o disco lançado essa semana continua mostrando isso. "I Broadcast", minha preferida, é um hit você cai de cabeça na primeira audição. Agitada e frenética, a canção começa calma e vai até te deixar dançando sozinho no metrô. "Lonesome Street" tem o melhor videoclipe do disco. E traz outra característica importante desse novo disco, as letras de todas as canções abordam o ser humano. Se perdendo como sociedade (em "Pyongyang"), se perdendo na multidão das megacidades (na magnifica "There Are Too Many of Us"), ou em nós mesmos (em "My Terracotta Heart"). "Ong Ong" tem um Damon Albarn suplicando para a pessoa de que ama que quer estar ao seu lado. ("To the isle of the black kites and the wishing tree
I wanna be with you. On the slow boat to Lantau through misty seas. I wanna be with you.").


Em entrevista a revista inglesa Mojo, Coxon confessa que as gravações surgiram e assim o album. Foi tomando forma aos poucos, entre um demo e outro. Foi quando de repente Damon e os membros viram que todas as demos poderiam ser melhoradas e virar um album. Tudo tendo inicio no apertado estudio Avon Studio, após um festival no Japão que foi cancelado, eles aproveitaram o tempo em Hong Kong para fazer umas demos. Lá eles chegavam a passar mais de dez horas por dia trabalhando nas canções, alguns sons vindos de rascunhos feitos por Albarn em seu GarageBand, e que mostrava para a banda de seu IPad. “Três de nós têm filhos e seria complicado achar esta liberdade na Inglaterra”, confessou Albarn à revista Les Inrockuptibles. “Teria sido também impossível recomeçar assim do zero, num estúdio qualquer. Ali, redescobrimos a empolgação de tocarmos canções de dez minutos, as ideias voavam entre nós…”

O vídeo sobre como fazer um sorvete... #goout


O vídeo sobre como dançar sozinho com estilo... #lonesomestreet