sexta-feira, 1 de maio de 2015

Interromperemos a programação habitual para anunciar que o Blur lançou o melhor disco do ano.

摇滚乐队模糊将发布2015年的最佳音乐专辑

您好!






Não estamos no ano de 1994. Nem Cindy Crawford é a mulher mais linda do mundo. Britpop é apenas mais uma daquelas referencias do passado sobre movimentos musicais relevantes. De alguma forma dificilmente veremos um disco mais legal em 2015 do que a de uma das banda mais famosas dos anos 90. A banda londrina formada pelos garotos quarentões Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree gravaram entre umas e outras sessões em Hong Kong, o oitavo disco da carreira, lançado essa semana. 'The Magic Whip foi apresentado ao publico de uma forma pouco convencional. Simplesmente numa manhã sai um post no periodico ingles The Sun, que indicaria que haveria uma surpresa para aquele dia. Aquele dia era o ano novo chines, e como se sabe a banda já havia usado essa data para apresentar albuns no passado. Só que não é só isso, a banda havia dado a luz ao disco na China, o que aumentou ainda mais as suspeitas. Na mesma manhã a banda convoca a imprensa para um restaurante chinês e boom...



 




Em 19 de fevereiro, com direito a presença do ex-garoto da BBC Radio 1,  Zane Lowe introduzindo a banda, de repente estava lá os quatro juntos. Décadas atrás a banda se separa por razões de briga entre Albarn, Coxon e a banda. Em 2009 eles estavam de volta. Lançaram disco de compilações, uma turnê, caixas comemorativas e ainda tiveram tempo de passar pelo Brasil, no festival Planeta Terra. E dai pararam mais um tempo. Albarn lança um excelente disco solo. E lá nesse restaurante chinês a banda anuncia que durante a turnê por Hong Kong eles fizeram um disco. E o disco seria lançado em abril. E que o primeiro single do novo disco "Go Out", já estaria no Itunes disponivel naquela mesma manhã para download, junto com a pré-venda de "The Magic Whip". Estampando um sorvete sorridente, uma nova banda anuncia que nunca estiveram tão a vontade, pelo menos não há pelos menos 20 anos, 12 anos pelos quais eles não lançam nenhum novo album (o ultimo "Think Tank", lançado em 2003, foi aclamado pela midia, dentre as quais a propria NME colocou o disco como um dos melhores da década, mas não soava muito o som caracteristico da banda, é mais soturno).


Blur is back! <3 br="">
 O retorno da banda já havia sido especulado, pelo próprio Albarn e pelos outros membros da banda. O disco novo trás um som fresco e cheio de melodias muito boas. "Go Out", o primeiro single tem seu ponto alto assistido junto com o video engraçadinho lançado na mesma manhã do dia 19 de fevereiro, apresentando uma moça chinesa preparando um sorvete caseiro, em alusão a capa do disco. Divertida e bem humorada, a música mostrava um som que era bem o que a banda é hoje. Descontraida. E o disco lançado essa semana continua mostrando isso. "I Broadcast", minha preferida, é um hit você cai de cabeça na primeira audição. Agitada e frenética, a canção começa calma e vai até te deixar dançando sozinho no metrô. "Lonesome Street" tem o melhor videoclipe do disco. E traz outra característica importante desse novo disco, as letras de todas as canções abordam o ser humano. Se perdendo como sociedade (em "Pyongyang"), se perdendo na multidão das megacidades (na magnifica "There Are Too Many of Us"), ou em nós mesmos (em "My Terracotta Heart"). "Ong Ong" tem um Damon Albarn suplicando para a pessoa de que ama que quer estar ao seu lado. ("To the isle of the black kites and the wishing tree
I wanna be with you. On the slow boat to Lantau through misty seas. I wanna be with you.").


Em entrevista a revista inglesa Mojo, Coxon confessa que as gravações surgiram e assim o album. Foi tomando forma aos poucos, entre um demo e outro. Foi quando de repente Damon e os membros viram que todas as demos poderiam ser melhoradas e virar um album. Tudo tendo inicio no apertado estudio Avon Studio, após um festival no Japão que foi cancelado, eles aproveitaram o tempo em Hong Kong para fazer umas demos. Lá eles chegavam a passar mais de dez horas por dia trabalhando nas canções, alguns sons vindos de rascunhos feitos por Albarn em seu GarageBand, e que mostrava para a banda de seu IPad. “Três de nós têm filhos e seria complicado achar esta liberdade na Inglaterra”, confessou Albarn à revista Les Inrockuptibles. “Teria sido também impossível recomeçar assim do zero, num estúdio qualquer. Ali, redescobrimos a empolgação de tocarmos canções de dez minutos, as ideias voavam entre nós…”

O vídeo sobre como fazer um sorvete... #goout


O vídeo sobre como dançar sozinho com estilo... #lonesomestreet


                                            







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