domingo, 6 de setembro de 2015

So far... Volume 2 - O que aconteceu de bom até agora em 2015!

*De acordo com a minha cabeça que deixou a meta aberta e que agora dobra ela de vez!
Amy e o seu bombástico documentário pelas mãos de Asif Kapadia. 2015 foi também ano de lembrar dela.

O ano já está acabando. Mas pera, ontem era março! Muitas coisas rolaram nesses últimos meses tipo mais protestos pró impeachment, Suzana Vieira na novela das oito e a não vinda do Blur ao Brasil que já vira o evento ao contrario, o maior evento que nunca aconteceu. De olho no filão das novas técnicas de sobrevivência em tempos de corações partidos, séries sobre detetives em Los Angeles atrás de alguém que eu nunca sei e memes do Masterchef venho colocar nesse post um drops do que aconteceu e o que deixou de acontecer na humanidade do ultimo post desse blog até hoje. Muitas merdas rolaram e foram jogadas no ventilador, mas vamos nos ater na capacidade do ser humano em focar nas vitórias conquistadas no campo das efemeridades se assim prefere chamar a distração e a diversão em tempos de crise. ("Crise, que crise?").

Enquanto não chega o novo filme do Star Wars, vindo da mente nerd do criador daquela série sobre um avião que caiu na floresta e teve sobreviventes, tivemos o Star Wars do Wilco (psic) (!), que a propósito é um dos já discos deste de 2015. Alguém que amamos muito foi morto brutalmente (ah vá!) em Game Of Thrones, e "o que será de nós?", tivemos novos discos de gente tipo Tame Impala e o seu brilhante terceiro trabalho, Mac DeMarco surge como o salvador do underground com canções tipo as mais linda ("The Way You'd Love He"), Foals e Beach House acabaram de soltar novas obras-primas em suas discografias. Brandon Flowers virou hit maker dos anos 80 em sua fase "terno branco e passinhos Talking Heads", com seu novo disco "The Desired Effect" e suas apresentações mundo afora. Muse e Florence and the Machine vieram com albums consistentes e super bacanas. Beck libera uma música maravilhosa (mais uma!) chamada "Dreams", o tão comentado disco de Franz Ferdinand e Sparks, sim é tudo isso. Giorgio Moroder volta com tudo com suas divas. Slaves, Wolf Alice e Leon Bridges são as novas coisas bem legais da música, ah e claro assim como as novas músicas que o Drake que ele soltou na...

...Nova plataforma de streaming da Apple, chamada de Music e que tem as melhores coisas que a música em seu modo de consumir pôde nos proporcionar nesses dias de hoje. Isso tudo graças a ideia de trazer o consumo de Radio a um nivel interessante no minimo. Trazendo gente tipo Pharrell, Drake e St.Vincent para serem ancoras de programas que são incriveis. O da queridinha desse blog, a maravilha de pessoa St. Vincent nos traz  o programa “St. Vincent's Mixtape Delivery Service" que só é não mais incrível por que não pode.

Enfim, o que me faz vir aqui nesse momento é a certeza de que o ano terminando, devo me concentrar em outros esforços pessoais e voltarei somente no final de dezembro trazendo o que houver de bom até lá, coisas que devem vir como novos discos de Disclosure, New Order, Lana Del Rey, Adele e Coldplay, que provavelmente estarão nessa lista (ou não). Assim como o novo 007, e a nova canção-tema (do Radiohead?). O que virá assim esperamos, que a força esteja conosco.


Dessa lista do Buzzfeed...


Mais 10 discos que saíram em 2015 nesse meio tempo e que merecem toda a nossa atenção:

"You're a germ, twist my insides"

Wolf Alice - My Love Is Cool

Minhas palavras:
 "Ellie Rowsell é uma garota que poderia ser uma modelo de tão linda. Ela talvez é mais linda e sexy ainda por não ser modelo, mas sim a voz de uma das bandas mais legais desse ano de 2015. As canções do disco de estreia chamado "My Love Is Cool" são consistentes, cheias de intensidade e nuances. E a canção "Bros" se não é a música mais legal e interessante dos ultimos tempos (sem exageros, sério), muito em parte se não pela voz de Rowsell, o ritmo que vem do grunge passando por Pixeis, britpop e Paramore é uma viagem deliciosa por meio de momentos de infância e descobertas. "Jump that 43. Are you wild like me. Raised by wolves and other beasts. I tell you all the time. I'm not mad. You tell me all the time. I got plans."



"Eu busco sentimentos e coisas que estão acontecendo, para traduzi-los dentro dessa fantasia"

Florence and the Machine - How Big, How Blue, How Beautiful
Minhas Palavras:
"Depois do estrondoso sucesso do primeiro trabalho, do fraco segundo, o terceiro disco da Sra. Welch mais conhecida também como Florence extrapola todas as barreiras do incrivel. Ao colocar o disco para rolar já temos uma das canções mais poderosas de sua carreira. "Ship To Wreck" tem ritmos dançantes que assim como todas as faixas não são afetadas por um pop pegajoso como o do primeiro disco. Aqui ela procura uma redenção indo numa viagem de experiencias que a propria cantora diz serem baseadas em eventos de sua propria vida. "Don't touch the sleeping pills, they mess with my head", exclama em "Ship..". Se o começo do álbum parece mostrar ela tumultuada, ela de alguma forma parece achar em canções que soam gospel o caminho para continuar vivendo. "And I was on the island and you were there too. But somehow through the storm I couldn't get to you. St. Jude, somehow she knew. And she came to give her blessing while causing devastation. And I couldn't keep my mouth shut, I just had to mention. Grab your attention.", usando sua voz intensa e poderosa para falar de sua aproximação com santos. 
Passando por canções como "Delilah", que possui camadas de tristeza e a busca por uma incessante luta interna. Chegamos em "Third-Eye", em grandiosos ritmos agitados de batidas, ela diz: "You deserve to be loved. And you deserve what you are given". Numa entrevista a vontade num terraço de sua casa localizada no sul de Londres, para a revista NME, Florence admite que quando ela cantou esses versos ela estava falando consigo mesmo. "Tristemente, sim", e ainda completa: "Eu não achei que eu estava naquele momento. Quando você alcança um nível de fama e atenção, tudo isso pode te fazer sentir meio que nada disso recompense. Para ser levada a ter isso, para precisar essa catarse e exorcismo, tem de haver esse profundo descontentamento... foi para eu tentar aprender a ser mais feliz na minha própria pele". Nesse novo disco ela parece ter cansado de se lamentar pura e simplesmente. A moça ruiva de voz poderosa quer mostrar que ela cansou de sofrer. Tá na hora de ser levada a sério.



"Qualquer um queria ser o Bono na fase Achtung Baby. Qualquer um"

Brandon Flowers - The Desired Effect 

Minhas Palavras:
"A reação ao ouvir pela primeira vez o segundo disco solo do vocalista daquela banda de Las Vegas, The Killers, é a sensação de que colocamos para tocar o álbum de rock de um sujeito dos anos 80. O que funciona melhor em "The Desired..." talvez seja as batidas pop que falam de relacionamentos amorosos que buscam certa atemporalidade. Remetendo ali e a cá um New Order, INXS, Dire Straits ou quem sabe até um Phil Collins em sua fase "Sussudio", Flowers deixa no passado o frustrante primeiro trabalho solo, e alcança ritmos dançantes impossíveis de deixar nossos ouvidos indiferentes a ponto de não querer cantarolar e dançar. 
 Ele diz que essa ambientação dos anos 80 poderia ter sido uma forma melhor de sua banda ter sucedido o seu primeiro álbum, "Hot Fuss", que acabou se tornando "Sam's Town" e que logo ele e toda a banda voltará a gravar um novo disco porque em sua opinião o ultimo disco "Battle Born", não era bom o bastante" e que "nós todos sabemos disso", disse em uma entrevista a NME. E confessa um certo lamento na ideia da adoração a celebridades, cantores. "Eu me sinto entediado, acho." E diz que há um diferença clara em ser celebridade e famoso. "Eu reconheço imediatamente. Eu percebo nos rostos das pessoas. Essas celebridades adoradas não é uma coisa legal. Eles não são verdadeiros. Ainda quando eu era pequeno, eu já sabia disso. Me perturba que pessoas não saibam que seus heróis não deveriam ser". 



"Have you turned a corner? Do you think of leaving me behind?"

 The Vaccines - English Graffiti 
Minhas Palavras: 
"A autoestima do vocalista Justin Young melhorou bastante nesse novo disco. Se no ultimo havia o lamento de não ser o mais popular ou nem ter mais esperanças, aqui a banda já abre o seu terceiro disco com a faixa auto sugestiva "Handsome": "Lonely, bored and bad thank god I'm handsome. I'm as awful as they come oh what a pity. So I thank the lord above that I am pretty (so pretty).". Poucas bandas ditas indie trazem tanto sofrimento e ao mesmo tempo vontade de dançar feito um condenado como o The Vaccines. As letras são sempre bem lindas, acompanhadas sempre também pelo ritmo contagiante e pop. Só que diferentemente de outros trabalhos, eles estão experimentando tudo aqui em "English Graffiti"."Chegando com esse disco, havia aquele desejo de não ter limites (criativos), uma liberdade que eu sempre nos continha de ter", confessa Young para a NME. Entretanto confessa que por vezes esteve a beira de colapsos nervosos durante a produção do álbum. " Eu acredito que o (novo) disco realmente me permitiu dizer tudo aquilo que eu queria dizer, e assim que nós terminamos de gravar o disco eu realmente senti como um corpo bem vulnerável flutuando num enorme e assustador oceano", confessa. O trabalho aqui supera as expectativas, justamente por não se prender a certas expectativas que tínhamos de pois de "Come of Age", o anterior. Um belo, ambicioso e audacioso disco que provam que a banda ainda tem muito gás.



"Ambas as bandas tem um real respeito por suas músicas", confessa Ron Mael, do Sparks

FFS - FFS

Minhas Palavras:  "Era uma vez duas bandas. Uma escocesa de Glasgow que começou invadindo as pistas londrinas naqueles anos de 2003, 2004, com sons que seria chamado de indie, tornando até um dos propulsores dessa onda indie que viria. A outra americana, de Los Angeles, California. Banda de veteranos que fizeram sucesso com canções que meio que foram propulsores de um certo new wave surgido ali naqueles anos 70. Daí que é anunciado a junção das duas bandas em uma, para um disco único. Assim como em experiências químicas, onde duas composições de tempos diferentes e nunca imaginadas juntas se misturam, o resultado foi de inicio um mistério. O resultado pode se dizer agora que é um disco com melodias e letras que não me lembro de ter visto antes. Um brilhante arranjo de faixas como "Piss Off" e "Collaborations Don't Work", que trazem tudo aquilo que as duas bandas passaram sozinhas fazendo: um experimento que envolve um rock, techno e synth-pop, tudo envolvendo as trajetorias das duas bandas num exito raro em tempos de canções que se apegam a falar de sentimentos pessoais. As letras falam de tudo, das dores humanas em boa parte do tempo. Já uma obra-prima de 2015. Alex Kapranos, vocalista do FF, confessa ao Los Angeles Times: "Eu era um pouco novo, então eu meio que não acompanhei o Sparks, quando eles tiveram esse importante impacto no Reino Unido na metade dos anos 70". Aqui eles mostram que essa combinação de épocas é bem boa. 



"We're so alone. We're never alone. Forever in debt", em "Where Do I Begin"

Wilco - Star Wars 

Minhas Palavras: 
"O retorno de Jeff Tweddy e companhia já era comentado na surdina, daí num belo dia 16 de julho a banda de Illinois solta todo o novo disco de graça para quem quiser baixar e ouvir. O álbum foi lançado em 21 de agosto e a versão em vinil vai sair até o final de novembro. Em uma carta publicada no Facebook, Tweedy confessa: "Por que lançar um álbum dessa maneira e por que torna-lo gratuito? Bem, a razão principal, e eu não estou certo se nós precisamos de algum, é que isso nós fez parecer que seria divertido. O que é mais divertido que uma surpresa?" O disco novo que não tem nada a ver com o filme do George Lucas, tem tudo o que os bons e clássicos discos da veterana banda possui: aquele folk rock engraçadinho, bem feito e com letras fora de série.



O fim do mundo está próximo.

Muse - Drones  
Minhas Palavras:  "Se o fim do mundo chegasse e aqui estivéssemos diante do apocalipse, teríamos aqui no sétimo disco de estúdio da mega banda Muse uma trilha-sonora que flerta com o pop, música clássica, heavy metal e um certo glam rock, tudo isso passando por momentos de paixão, angustia, solidão e esperança. O que fica claro com o fim do mundo que ouvimos nos aproximadamente 50 minutos gravados aqui é que ele na realidade já está acontecendo, se não já começou. "Eu vejo um paralelo entre nossa obsessão com a eficiência e como as pessoas com o mínimo de empatia parece fazer muito, muito bem em nossa sociedade moderna. Dois mil anos se passaram, e nossa industrialização destrui a força do trabalho. Na era moderna, especialmente no ocidente ou na America, as pessoas que são 'eficiente', que podem sufocar as suas emoções, tendem a vencer. Mas a que custo para o resto de nós?", se pergunta Matt Bellamy. "O momento em que você aceita um computar fazendo decisões para matar, você está dentro de um Exterminador do Futuro 2", complementa Bellamny em entrevista a NME. 
Por trás desse cenário de fim, apesar dos argumentos reais do que anda acontecendo com o lançamento de drones em diversas partes do mundo, o vocalista expõe nas faixas do novo disco um certo lamento com sua vida pessoal. Seu recente rompimento com a atriz Kate Hudson, e o modo como as coisas se abalaram em sua perspectiva de vida. "As vezes as mudanças surgem e você tem de se reinventar, você tem de recomeçar, basicamente", ele admite para a revista britânica Q. "Eu observo todos esses momentos (os diversos rompimentos em sua vida), esse pontos em nossas vidas onde algo acontece e você pensa, 'Onde eu estou e o que eu ando fazendo?'" O que veio a se tornar em 'Drones' um meio de buscar gritar em cada apresentação nas letras das canções se alinha com a sua vida pessoal. "Isso pode ser relacionável para qualquer um que passa por isso.". O resultado mostra que a banda abraça o rock como um modo de nos oferecer uma redenção (e para eles num todo como humanidade), assim como em todos os seus seis discos. Seja para o fim do mundo em que nós possamos nos sentir dentro, ou para aquele que esteja para vir.



"Psychedelic music became a way of life," diz Parker.

 Tame Impala - Currents
Minhas Palavras:  ""Eu não diria que esse é um disco de rompimento num sentido literal", responde o genio Kevin Parker para a Pitchfork, questionado da mudança de senso de direção do novo disco da banda Tame Impala, se teria algo a ver com a sua separação recente. "É mais sobre essa ideia de que você está sendo colocado em outro lugar que não é melhor ou pior. É somente diferente. E você não pode controlar isso. Existem essas correntes dentro de você". Ele se vê cada vez mais dentro desse mundo de músicos bem sucedidos, e tudo isso o torna cada vez mais cético sobre tudo. "Seu senso moral nas coisas mudam", explica. "Quando você começa tem essa ideia muito em preto e branco dessas pessoas que estão tocando músicas sobre nós aqui na Terra, são as que tornam isso tudo real, e essas pessoas que tocam para as massas - esses 'fenômenos comerciais pop' - são falsos, então você escolhe um lado. Então quanto mais tempo você está nisso, mais decepcionado fica conhecendo essas pessoas que tem altas expectativas, e percebe que não é tudo isso".Em entrevista a Rolling Stone dessa vez, Parker admite o que move a si mesmo, quando sozinho compõe as músicas: "Isso é completamente me fode." ele admite. "Eu estou bem nessa do caminho que a música pode te afetar, emocionalmente, espacialmente. A ideia de que a música pode te fazer sentir como se tivesse sem os dois pés presos ao chão é o que realmente me interessa."
O novo disco da banda é uma viagem psicodélica, porém mais pés no chão do que os outros discos. Referencias fáceis vão de BeeGees, a Hall and Oates. Faixas que vão do disco funk, ao synth pop, como em "The Less I Know The Better" e "The Moment". Uma das melhores faixas do ano, "Yes, I'm Changing", tem as letras mais arrebatadores, sem duvida: " I was raging, it was late. In the world my demons cultivate. I felt the strangest emotion but it wasn't hate, for once. Yes I'm changing, yes I'm gone. Yes I'm older, yes I'm moving on. And if you don't think it's a crime you can come along, with me. Life is moving, can't you see. There's no future left for you and me. I was holding and I was searching endlessly. But baby, now there's nothing left that I can do. So don't be blue.". Fica fácil identificar as muitas faixas incriveis aqui, de "'Cause I'm A Man", a incrível faixa que abre o disco "Let It Happen", e a 'heart-breaking' "Eventually". Um album redondo, bom do começo ao fim, feito para que possamos libertar sentimentos guardados.




“a proper old-school punk band”.

Slaves - Are You Satisfied? 

Minhas Palavras:
"Um achado. Se por um momento pensarmos que o punk estava morto, só lembrarmos de bandas como Japandroids, Palma Violets, The Cribs (ainda arrebentando)...e esses dois garotos ingleses atrevidos. Sim, a banda é de dois moleques, com pinta de que resolveram mostrar a todos o que eles eram capazes. Da faixa que abre o disco, a viciante "The Hunter", a que fecha "Sugar Coated Bitter Truth", temos um misto de letras maravilhosas para ficar num mínimo termo, sempre nos tentando perceber a ignorância e apatia desses tempos em que vivemos. Laurie Vincent, 22, o guitarrista. Isaac Holman, 23, o baterista e vocalista, ao mesmo tempo, e sim, é isso mesmo. As notas ricas com as pancadas, a atitude bem humorada, fazem eles serem aquilo que devemos prestar atenção no futuro. Futuro esse que parece ser bem estranho para eles. "O fato de que nós estamos tocando para as massas é bem estranho", confessam.  





“When I see a man, I see a lion,”

Foals - What Went Down 

Minhas Palavras:
"A banda de Oxford está de volta. Com um trabalho que supera as expectativas que já eram grandes depois do incrivel ultimo "Holy Fire". O produtor James Ford, que já trabalhou com gente tipo Arctic Monkeys e Florence and the Machine, lapida o som da banda num nivel cada vez mais cru e visceral, ao mesmo tempo intenso e profundo. "James não quis canalizar nada em caminhos claros", confessa o brilhante vocalista Yannis Philippakis, de descendência grega tendo se mudado com cinco anos de idade para Oxford, lugar onde cresceu. Esse é o disco mais profundo da banda, mais visceral e menos afetuoso se assim podemos dizer. A busca em tocar sons que queiram nos conduzir aos limites da nossa existência humana, que está incondicionalmente ligado com a dor e queda. Aqui estão as pancadas de 'Inhaler' (de "Holy Fire") e os singelos ritmos de 'Spanish Sahara' (de "Total Life Forever"), e novos sons que devem marcar a banda como em 'A Knife In The Ocean', a faixa inclusive que fecha o disco e que surgiu de maneira inesperada. "Nós já estávamos basicamente guardando as coisas para partir (do estúdio). Nós pensamos que já tínhamos o álbum todo escrito. Nos tocamos as outras canções várias vezes, mas essa foi uma que simplesmente veio fora dos ensaios, uma vez que estávamos sem pressão alguma.", confessa Philippakis. Essa canção em particular tem versos incriveis: "When I go to walk the line. The fire it comes, but I'll be just fine.", solta o vocalista. A crueza e o singelo, passando por riffs intensos de guitarras, como na quase perturbadora autointitulo 'What Went Down', um quase heavy metal e na grandiosa 'Snake Oil'. Até a dançante 'Mountain At My Gates', tudo consegue se abraçar na audição do álbum. 
"Esse é o disco que mais imita de perto os sons em nossas mentes", diz Yannis Philippakis. "Nós queríamos que isso fosse ser racional. Ambas nas canções individualmente - menos ressonante, mais enérgico - mas também como num álbum, então há nenhum espaço negativo." Um disco capaz de nos trazer mais para dentro de nós mesmos. Em nossa essência como indivíduos lidando com os limites de nossa natureza.

Até mais! 


...do novo videoclipe maluco da gata Lana Del Rey "High By The Beach"

domingo, 7 de junho de 2015

Os homens loucos de Manhattan...

*Acabo de assistir o ultimo episódio de Mad Men pensando em todos os últimos sete anos...


A procura do Inferno


 *Antes de começar a ler deixem rolar o tema de abertura para entrar no clima...




Sentiremos sua falta Don Draper...

E suas amantes...


So many stories... #MadMenFarewell


Durante os últimos anos creio que muito mais do que qualquer outra série de televisão, a que mais me chamou a atenção foi Mad Men, e por razões bem óbvias. O fanatismo a série está no culto ao tempo e não digo somente ao tempo que se passa a série, numa Nova York dos anos 60, época em que os Estados Unidos estiveram no topo do mundo como emergente nova potencia econômica rivalizando em inovações com os comunistas da União Soviética. O tempo em que aprendemos a lidar com erros, acertos e tentamos nos moldar a uma realidade que nos convença, por mais que nos debatemos para nos acomodar a uma sensação de pertencimento a algo. Ao tempo que leva para nos machucar e aprender a lidar com as feridas. Ao tempo que descobrimos o que fazemos e o que deixamos de fazer. Tudo muito humano, tudo muito frágil.

O autor e criador da série Matthew Weiner cria um dos shows mais inovadores desde Sopranos, talvez. Elevou durante esses anos a criação de formas de contar histórias na televisão. Assim como na publicidade, ele inovou ao despejar toneladas de relações e contextos históricos em quase 50 minutos por episódio, alguns já clássicos da história de TV, como os "Meditations in an Emergency", sobre as mudanças que passam os EUA e o escritório da Sterling Cooper; "Waldorf Stories", sobre o dia em que Don recebe uma premiação; "Public Relations", sobre uma matéria publicada sobre Don Draper em um jornal; "The Phantom", sobre os bons rendimentos entre os sócios e mudanças na empresa; "Collaborators", sobre affairs de Don e casos de Pete; além dos últimos episódios da sexta temporada que são um melhor do que o outro, "A Tale Of Two Cities", "Favors", "The Quality Of Mercy" e "In Care Of", um dos melhores e mais bem escritas sequencias da série (como se fosse possível ser mais). Para os que gostem ou não, o último episódio da série, "Person To Person", também entra na lista dos clássicos, assim com o primeiro episódio da série, "Smoke Gets In Your Eyes", em diferentes perspectivas e sobre aspectos opostos. Se o começo dos anos 60 parecia o momento mais oportuno para mostrar todo o potencial da propaganda como instrumento para te fazer usar e consumir um instrumento que consome sua ansiedade num mundo em que a necessidade frenética de sublimar a intensidade de produzir o capitalismo e suprimir as vontades pessoais e psicológicas, nesse caso, os cigarros. O ultimo episódio tenta te vender a ideia de um novo ser, livre das pressões da realidade americana pós - Segunda Guerra e Vietnã. O importante é consumir a liberdade do ser e do indivíduo, seja mantendo as pressões do dia-a-dia ou buscando novas formas de lidar com a constituição física e psíquica do que conhecemos como vida.


Weiner faz um espelho de como chegamos até aqui, consumidos pela necessidade de buscar um espaço no mundo capitalista, afetados pelas drogas, pelo sexo e pela elevação do ser aqui sempre se vendo caindo de um prédio como na já clássica abertura da série, a queda nunca a subida, por mais alto que estivessem na estatura da sociedade, da conquista dos objetivos, seja em ser dono de clientes como Coca-Cola ou Mohawk Airlines. Se ver em um apartamento caro em Manhattan, com uma esposa linda que dança e canta com uma sensual voz francesa, "Zou Bisou Bisou" em uma festa surpresa de aniversário não é e nem significa que tudo está perfeito na busca por novas aquisições e digo nem tanto materiais, mas espirituais talvez numa expressão que tenta chegar próximo dessa ideia de elevação, de se tornar algo que não te imponha ou determine a expressão de felicidade e estatura social. Porque para Don Draper, o nosso herói, dono aqui das agruras, de um passado misterioso e obliquo, o que mais importa passa a ser a necessidade de ser dono de si próprio, e nem tanto de um terno impecável, ganhando milhões na tão sonhada McCann Erickson. O que importa é o ser, em primeiro lugar. Inspirador para um final de série, que ao invés de focar no final feliz óbvio, opta por final feliz para todos nós em nossas futuras buscas diárias por novas ideias para as nossas vidas. E de que a satisfação passa a estar no mundo que temos para ir atrás descobrir.

Os personagens como sentiremos falta. A narrativa, talvez, revolucionária, fez a todos que acompanhavam se debruçar sobre reviravoltas, diálogos tão imensos quanto inigualáveis em muitas coisas que vimos tanto na televisão quanto no cinema. Nos tantos epísodios que houveram, em cada um o peso das falas escritas por Weiner faziam sentido de forma imensa, pois nos deixavam o peso para carregar, da dureza que foi a vida, que é afinal. Como nas melhores obras, nos sentimos afetados por saber que tais personagens não terão novas histórias e que se resta como consolo tenhamos os HBO Go, Netflix e DVDs para consolar. Talvez um post único para cada personagem seria o mais correto, mas aqui é apenas um lamento e um agradecimento a Weiner, e aos atores e outros tantos roteiristas e diretores que apareceram e contribuíram para essa série.

Peggy Olson (Elizabeth Moss), uma personagem tão rica quanto inspiradora. Por ser a mais humana talvez, tanto quanto Don Draper (Jon Hamm), o personagem que cai do prédio e aparece no logo tomando seu whisky. E quantos whiskeys foram bebidos durante esses sete anos? Hamm confessou uma vez que na realidade era chá mate, pudera, afinal foram garrafas e garrafas durante esses anos. Olson, quase faz parte de nós mesmos quando terminamos um episódio que tem sua marca. Sua atitude perante a vida, essa luta por um crescimento profissional, por um papel na sociedade machista, tentando parecer sempre satisfeita quando morre lentamente por dentro, tão nossa, tão humana. Assim como Joan Harris (Christina Hendricks), esse furacão de mulher. Quem foi o homem que nunca se perdeu nas falas e no contexto da cena por causa das curvas indecentes de Hendricks. "A ruiva" não deixava sua beleza inacreditável interferir na sua postura profissional seja na Sterling Cooper, ou na McCann. Devido a isso, conquistou o ódio de muitos que a compravam pela sua aparência somente. Quem sempre a adorou, o sócio original, Roger Sterling (John Slattery), dono da garrafa de vodka, filha problemática e um senso de dever profissional incorrigível, mesmo quando agia por instinto próprio. Sua parceria e confiança mutua com Draper fez dessa série uma das coisas mais legais e divertidas de se assistir. Obviamente, sem deixar de lembrar de Betty Francis, (ou Draper para os mais nostálgicos), (a outra incrível bela January Jones), mãe dos filhos de Draper, que teve um fim de série para compensar toda a propaganda indireta do uso de cigarros. Para finalizar, claro, Pete Campbell (Vincent Kartheiser), ambicioso personagem que por momentos no inicio da série teve desavenças com Draper.

Jon Hamm, meio que se mistura ao personagem. Da mesma forma que James Gandolfini e seu personagem Anthony John Soprano. Ao olhar para o ator, a associação ao personagem vem automaticamente. O seu Don Draper foi uma aula de interpretação, de intensidade e força. Em entrevista a revista Rolling Stone, anos atrás, lembro que o autor da reportagem Josh Eells e Mark Seliger descrevem o quanto a própria vida pessoal do ator é cercado de próprios mistérios e traumas. A vida imitando a arte e vice-versa. O que fica sem duvida de sua entrega a esse personagem que fez o seu nome é um personagem sem duvidas icônico o bastante para ser colocado no rol da história da televisão. Seu nome é apontado como um dos mais promissores de Hollywood, apesar de ter fracassado em sua primeira tentativa, o legal "Million Dollar Man", filme da Disney sobre beisebol e críquete. É óbvio, um personagem que o vista tão bem quanto Don Draper não será tarefa fácil, mas ele é um ator e tanto. Espero que ele sempre esteja visível, quero poder lembrar de Don sempre ao vê-lo.

Don e Peggy.


Jessica Paré e sua Megan fazendo o 'Zou Bisou Bisou', na quinta temporada.

A série terminou, mas sempre poderei revê-la e lembrar de como fiz minhas horas para poder chegar em casa e ligar a HBO para poder ver, seja as segundas as 21h, aos domingos, no HBO Go, no Netflix, no inicio para começar a acompanhar a série. Foram bons momentos da minha vida sem dúvidas, que no futuro me farão lembrar de memorias minhas. Obrigado Weiner! Obrigado Don Draper!


The End.



*Quem viu o ultimo episódio de 'Mad Men' vai entender esse comercial da Coca-Cola, feita pela McCann...




See you Don!

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Sobre o novo Mad Max

*... E por que explodiu minha cabeça


*Clássico dialogo do primeiro Mad Max, de 1979, com Mel Gibson: 
 
Max: I'm scared, Fif. You know why? It's that rat circus out there. I'm beginning to enjoy it.

Fifi: What is this, bonny week?

Max: Look. Any longer out on that road and I'm one of them, you know? A terminal crazy... only I got a bronze badge to say I'm one of the good guys.


"It's that rat circus out there. I'm beginning to enjoy it."

George e seu mais novo pupilo.


Back in 80's. Outro Max ficando louco.

A imperatriz e o seu criador.

Acreditar que o cinema já nos mostrou tudo o que poderia em matéria de criatividade é decorrente da incapacidade de diretores nos mostrarem novas formas narrativas originais de contar história. Pode dar um play em algum blockbuster recente e você verá que as histórias parecem sempre conduzirem para alguma reviravolta que sempre leva aos personagens se revelarem e as cenas de maiores aprofundamento descartadas ou nem ao menos existirem em favor de formulas que todos conhecemos em alguma destruição, desilusão e revelação sobre algum personagem que nos faça mudar as perspectivas das histórias. Existem exceções, apesar do que muitos falam é sempre bom lembrar de um 'A Origem', de Christopher Nolan, ou de 'Birdman', de Alejandro Gonzalez Iñarritu. Com todo respeito a todos os filmes que amo e que possuem outras coisas que merecem serem amados por nós como boa parte dos filmes de super-heróis da Marvel que são realmente muito bons, e que possuem formas incríveis de contarem histórias, nesse momento não consigo amar mais um filme do que 'Mad Max: Estrada da Furia'. Ha algumas horas sai de uma sessão do filme de um shopping. Queria expressar meus sentimentos a essa obra nesse blog pois de outra forma não posso, nem mesmo dizer para amigos que você amou demais esse filme pode ser o bastante. É preciso tentar exprimir em palavras, em letras, em um texto.

O australiano George Miller fez no ano de 1979 seu primeiro sucesso comercial, o primeiro Mad Max, filme que catapultou o ator Mel Gibson ao estrelato. Vieram outros dois filmes, dois sucessos enormes com a participação da cantora Tina Turner no terceiro filme. Mad Max se tornou um personagem cult, popular e mitico. O diretor veio a fazer 'As Bruxas de Eastwick' (1987), um filme com Susan Saradon, O Oleo de Lorenzo (1992) e o sucesso infantil Babe (1998) e a animação Happy Feet (2006) e sua continuação (2011). Nesse meio tempo entre os seus projetos, o diretor já havia feito três roteiros para o que seria uma continuação de seu sucesso inicial, Mad Max. Vinte e cinco anos depois, perdeu o interesse no projeto em 2000. Após dar inicio a pré-produção em 2003, quando anunciou que havia finalizado o roteiro de 'Fury Road' viu diversos empecilhos em seu caminho. As filmagens começaram em 2011. Foram interrompidas devido a problemas climáticos no local onde deram inicio as filmagens, e em 2012 o diretor voltou a filmar agora na Namíbia, mais de 18 meses depois. Outros problemas com grupos de gestão dos locais onde filmavam que acusaram os produtores de danificar o local, fez a produção só voltar a fazer novas refilmagens em 2013. O filme então só agora em 2015 é lançado.

Uma simples critica de 'Fury Road' não cabe por simplesmente não dizer exatamente aquilo tudo o que o filme propõe. Não sou pretensioso por achar que esse texto fará uma resenha brilhante, e mesmo que aqui me dispusesse a escrever seria inevitavelmente afetado pela emoção de ter acabado de assistir e ter achado excelente. Por ser um filme atemporal. Vibrante e extremo. A minha afirmação no titulo desse post pode ser facilmente explicado. Com o uso de tecnologias modernas, entretanto filmando tudo sem truques, com os atores sem firulas no deserto da Namibia, com os tiros e explosões feitos do jeito old-school, aqui o que vemos é uma nova experiência cinematográfica. Essa combinação faz de Mad Max versão 2015 sem a pretensão de ser superior ao original, mas inevitavelmente o é. "É a sensação da câmera baixa. Nossa SUV modificada especialmente para o filme, the Edge, é uma bizarrice, perfeito exemplo combinado do jeito antigo com novas tecnologias. Esse filme tem grandes caminhões monstros e grande, grande veículos arremessando pelo meio do nada. Com a Edge, nos pudemos conseguir a câmera entre todas as coisas, quase dançando bem de perto.", disse o diretor em entrevista a revista Wired. (It’s that low camera feel. Our modified SUV, the Edge, is a freakish, perfect example of combining old-school and new technology. This movie has big monster trucks and big, big vehicles hurtling through the wasteland. With the Edge, we could get a camera in amongst it all, almost dancing it was so close."). 

Tom Hardy proporciona ao seu Max um personagem tão icônico quanto foi um dia Mel Gibson décadas atrás. E a presença de Charlize Theron com seu visual sem cabelos, com a Imperatriz dá a sensação de dor e angustia dos tempos apocalípticos do filme. Nicholas Hoult como o insano Nux consegue a melhor fala do filme, com o visual dos soldados do temido Immortan Joe. "What a lovely day!", exclama ao passar por uma horrenda tempestade de areia.

 


Com um roteiro que trata muito do mundo que estamos vivendo e do temor de um futuro ameaçado pelo aquecimento global, o esgotamento de recursos naturais e a ambição e guerras entre seres humanos, tem muito em Mad Max: Fury Road, de um futuro daqui a 45 anos ou mais potencializado ao extremo. Levado ao maximo, sem nos dar opção de respirar em umas horas que testemunhamos com os nossos olhos.

Belas entrevista feita pelo site Vice com o diretor visionário...




*Clássico dialogo do novo Mad Max: Fury Road, entre a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) e A explendida Angharad (Rosie Huntington-Whiteley).

Imperator Furiosa: How does it feel?

The Splendid Angharad: It hurts.

Imperator Furiosa: Out here, everything hurts. You wanna get through this? Do as I say. Now pick up what you can and run.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Blur em sessions lindas e no Brasil em 2015

* não bastando ser dono do disco mais lindo desse ano de 199... cof, cof, desculpe 2015...

Ice Cream Man


A banda inglesa que dominou o britpop com seus sons com diversos estilos musicais, que passaram pelo grunge ('Song 2'), ao experimentalismo de novos sons (em seu mais ultimo disco 'Think Tank'), ao rock grandioso de encher os estádios e corações ('The Universal'), está com tudo. Primeiro que o disco novo "The Magic Whip" chegou ao numero um das paradas britanicas vendendo mais do que a soma dos cinco primeiros e doze anos depois da ultima vez que chegaram aos topos das paradas também em primeiro lugar, com 'Thank'. Lançaram um mini documentário bacana sobre a nova fase da banda no YouTube (abaixo), apareceram em programas de TV e ainda por cima arrancou nossos corações para fora com sessions que merecem ser revistos com muito carinho tipo muitas vezes. Foi para a rádio americana WFUV, de Nova York. Se não basta um dos programas de TV foram o do Jimmy Fallon, no Tonight Show. Que tocou uma versão de 'Tender' assim com o Roots. Tipo assim.


No embalo do lançamento de "The Magic Whip", em entrevista para a revista Billboard, o guitarrista e uma das mentes criativas da banda, Graham Coxon, disse que "é estranho que nós estamos nos nossos 45 e 50 anos e nós estamos só percebendo o potencial do nosso relacionamento musical" ("It's weird that we're between 45 and 50 and we're only just realising the potential of our relationship musically."). E ele continua dizendo que: "Esse processo tem mostrado para nós muito mais que eu jamais tinha imaginado, o que nós gostamos em nós mesmos e o que nós curtimos sobre música que nós fazemos juntos... Se nós tivessemos isso 20 anos atrás, teria sido tudo muito mais fácil" (This process has shown us a lot more than I ever thought it would, what we like about each other and what we both enjoy about the music that we make together... If we had done this 20 years ago, it would have been a lot easier."). Que coisa linda Coxon. E Albarn, entrega que "nós não tivemos intenção nenhuma de ter outra criança (um novo disco) e de repente, quase milagrosamente, um apareceu" ("We had no intention of having another kid and then suddenly, almost miraculously, one appeared.").

A banda não contente em colocar um sorvete na capa, irá vender o próprio nos seus shows

O documentário de mais de 30 minutos da banda em Hong Kong, mais do que não se pode perder se descolar uma meia hora...



Ai não acabando o hype em torno da banda, eles vão ainda colar na capital paulista em outubro desse ano na turnê do novo disco que virá ao Brasil, como adianta o site Popload Com os hits garantidos do novo disco, os antigos e tudo mais. Na Argentina e Chile já foram confirmados as datas e pré vendas, no Brasil é questão de tempo. Para encher o coração de Blur, as sessions lindas feitas pela radio WFUV. E uma entrevista feita para a Noisey, braço musical do conglomerado Vice, uma boa para entrar no clima de outubro.





E claro as sessions...





Depois dessa até mais!

terça-feira, 26 de maio de 2015

Mumford & Sons mostra o lado selvagem da noite ao som de guitarras elétricas

Sem nada que os prende: Os Mumfords querem o som das guitarras.

Fora os banjos e fora os duble-bass. O som agora é o rock'n roll.


Numa viagem de buscas por uma urgência, temperamentos diversos e letras profundas e intensas, a banda de Marcus Mumford, Ben Lovett, Winston Marshall e Ted Dwayne desafia-se a si mesmo enquanto banda, deixando de lado o folk tão marcante nas canções de seus dois primeiros discos e parte para aquilo que consideram ser o seu eu mais intimo: são uma banda de rock'n roll e ponto. Talvez até ai, uma evolução sonora era mais do que esperado, afinal Babel (2012), nada mais soa como uma triunfante continuação do aclamado primeiro disco Sigh No More (2009). O que vemos aqui vai além do que esperávamos da banda que nasceu em pubs londrinos na década passada. Os Mumfords saem do folk como uma das maiores bandas do planeta, tendo já fechado dias de festivais como o de Glastonbury. Em "Wilder Mind", o terceiro disco da banda, tudo soa qualquer outra banda que você já tenha ouvido. De Dire Straits, passando por Coldplay, a The National, The Cars, e Kings Of Leon. O banjo, tão presente no som marcante na voz de Marcus, desaparece. Surge por vezes a guitarra elétrica arrancando um som alto e poderoso que pode nos levar a em algum lugar um Foo Fighters? "Wow, Britpop, é isso que voce esta dizendo?!", exaspera Marcus Mumford... "Foo Fighters, Coldplay!.. Er..Paolo Nutini?" e a inevitável comparação de "Dylan usa guitarras elétricas", assim descreveu a revista inglesa Q, ao ouvir o novo disco da banda em uma passei por Londres, com o vocalista. O resultado fizeram muitos estranharem demais a pegada pop que dizem terem partido a banda, mas o resultado é um disco que não tem medo de dizer aquilo que deseja. Já dessa vez para o seminário inglês NME, a banda diz que não vê outro resultado para o terceiro disco, se não assumir o lado rock'n roll de jaquetas de couro que vem usando, abandonando de vez as roupas tipicas folk dos dois últimos trabalhos que incluirão um disco ao vivo nas famosas Red Rocks. Um disco ao vivo que mostra a banda no seu auge no ano de 2013. Hoje, depois de anos longe dos palcos, eles estão prontos para assumir sua verdadeira face ao publico.

"Querendo ser musicos, nós tivemos que ser focados pra caramba na questão de cortar pelo barulho das expectativas, e sobre o que os seus companheiros estão fazendo" ("Wanting to be musicians, we had to be pretty fucking single-minded in order to cut through the noise of expectation, and what your mates are doing"), aponta Lovett para a revista Q, explicando a pressão por trás dos privilégios de estar na banda. "Ninguém entra de cabeça para a música por dinheiro. Isso não leva a nada" A trajetória da banda procura lembrar os membros da banda passaram por momentos de dureza, de noites em locais pouco confortáveis, indo de lugar em lugar em vans, do jeito que pudiam. Dwayne acrescenta: "(...) Eu acho que as pessoas pensam que nós tivemos ajuda de alguém, algum nepotismo dado por alguém, que foi fácil para nós chegarmos até aqui. O que é muito injusto. Nós dormíamos em vários locais. Como qualquer outra banda, como Oasis fizeram. Nós não somos tão diferentes." A pressão por serem uma das maiores bandas do planeta nos dias de hoje pesam nas criticas que são feitas a banda, desde que buscam sucesso a todo custo, que inventaram uma moda - da proliferação de bandas de folk-rock, como The Lumineers e sons como o do sucessivo massivo do DJ Avicii, "Wake Me Up". O que os Mumfords trouxeram nada foi a presença de uma energia poderosa, em canções que falam de coisas banais da vida, com um folk dançante e sem intensão de causar tanto, como explica o vocalista que leva o nome da banda.





Sobre se o novo disco não seria um risco grande demais para a banda que hoje já tem repousado em suas estantes diversos Grammys e Brits, um sucesso massivo no Reino Unido, a ponto do primeiro-ministro David Cameron elogiar a banda, a ponto de considerar sua banda favorita. E um sucesso tão imenso quanto nos EUA. Marcus responde na lata a Q: "É muito difícil fazer um album destacar-se, sem algum impulso que chame a atenção", e completa: "Mas isso aqui tem que ser sobre canções no fim, não?" Sem duvida, e aqui não resta duvida da grandiosidade da banda ao conseguir por detrás de um natural estranhamento após abandonarem a sua marca principal, que é o folk e os banjos e embarcarem para o rock'n roll, fazer de forma a continuar mantendo a essência de belas letras e profundas por meio de sons que só duram como o tempo. E não só por uma noite selvagem em uma cidade.


Logo a primeira faixa do álbum, 'Tompkins Square Park', referencia a um famoso parque em Manhattan, mostra uma sonoridade que vai crescendo até chegar as guitarras dominando pesado. Com letras que falam de uma busca inscessante dentro de nós mesmos por lugares onde gostaríamos de estar, que estivemos um dia e que vamos talvez estar. "But no flame burns forever, oh no. You and I both know this all too well. And most don't even last the night. No they don't, they say they don't", fala Marcus Mumford proximo das derradeiras guitarras. Aos poucos, o album já te leva até o fim com a sensação de que tentou-se nos conduzir a diversos momentos de uma noite ou de uma vida. Em 'Believe', o primeiro single da banda, traz ainda uma aura da banda do passado, dando as guitarras aquilo que nos mostra que elas são bem vindas. Como em "The Wolf", mais pop, mas não menos dilacerante, acelerada e urgente. Outro parque de NY surge no album. A linda "Ditmas", é referencia ao Ditmas Park, no Brooklin. Todas as faixas do album se entendem ao final, e o resultado são letras que imprimem uma bela visão das ruas solitárias das grandes cidades, em busca de tantos sentimentos para nos preencher que tudo parece carecer de mais um pouco. Aqui a banda faz o disco mais ousado e bem vindo de 2015, e que só espera ser ouvido e observado.






Até mais!

domingo, 24 de maio de 2015

Obrigado David Letterman!


Apresentar um talk show hoje parece ser fácil. Basta você se enumerar dentro de certas qualificações: você é comediante? Sim, ótimo. Tem facilidade de aceitação com o publico em geral. Sim, maravilhoso. Entre outras que possivelmente deverá ter um futuro apresentador de talk shows, nenhum poderá ter tirado tais qualificações para tal se não do homem que se aposentou nessa semana. O dia 20 de maio de 2015, será lembrado pelo dia em que David Letterman se aposenta da televisão e de seu midiático programa de talk show que obviamente foi muito mais do que um simples programa de conversas em geral como via-se com Johnny Carson, seu colega na NBC no Tonight Show.

Se hoje ligamos a TV brasileira e vemos Jô Soares e Danilo Gentili fazendo mil coisas, foram certamente nas muitas liberdades que se propôs Letterman em seus 33 anos de carreira nos talk shows. Tudo começa em 1 de fevereiro de 1982. David Letterman de um programa matinal, assume um talk show noturno, o Late Night With David Letterman. De lá pra cá, saiu da NBC, após ver o Tonight Show, que com a aposentadoria de Carson, ficar com o comando de Jay Leno, e não para ele que já assumia horas antes o Late Night. Conan O' Brian, roteirista dos Os Simpsons e do SNL entra em seu lugar. Letterman vai para a CBS, aonde se encontrava até o dia 20 desse mês.  Na CBS assume o até os dias de hoje popular Late Show With David Letterman, exibido no famoso Ed Sulliver theater, localizado na 1697, Broadway, entre a West 53rd com a West 54rd.

Quem assume seu mítico posto no Late Show é Stephen Colbert, conhecido já pelo The Colbert Report do Comedy Central, no segundo semestre.

This is Letterman...


 Tchau David!

Para lembrarmos sempre de David, aqui estão cinco momentos do seu programa que devem ser lembrados...









E que subam os letreiros...

:-(

domingo, 3 de maio de 2015

Cinco Anos.


O blog HENRIQUEVOXX, que leva meu nome e cuja origem está na vontade de escrever coisas que dizem respeito a tudo e a nada ao mesmo tempo fará no dia 12 de maio cinco anos de idade. Para iniciar os pontapés da comemoração mixuruca que darei para ele, proponho chamar o meu querido amigo David Bowie para cantar uma música que tem tudo a ver com essa data. Cinco anos de blog. Com Five Years, famosa canção do camaleão. E ai lembrei que o Seu Jorge fez um cover bacana para aquele filme do Wes Andreson, 'A Vida Marinha de Steve Zissou', dessa mesma canção resolvi colocá-la para tocar abaixo. É só para dar inicio as festividades. kkk