sábado, 3 de setembro de 2011

Lambida: Arctic Monkeys - Suck It and See



Tem bandas que você não se cansa de ouvir falarem bem dela, mas ainda pensa como um bom filosófo da era da antiguidade: será? Eles merecem tantas boas criticas? Hummm...

Numa ordem cronolôgica, os Arctic Monkeys, liderados por Alex Turner que assume também a guitarra, Nick O'Malley no baixo, Matt Helders na batera e Jamie Cook o guitar-hero do grupo, que não vieram do ártico e sim da cidade de Sheffield, Inglaterra... (Desculpem pela piadoca!) surgiram no mundo da música num imprevisto de situações que puseram o conjunto, do cenário garagem um tanto indie, assim pode se dizer, pro estrelato. Fãs da banda puseram suas músicas na internet, já que nos shows eles davam CD's com suas primeiras músicas e dali eles se viram no olho do furacão dos crescentes "views" e mais, e mais causando um estrondo nas gravadoras, criticos e simpatizantes do bom rock.

Whatever People Say I Am, That's What I'm Not foi o primeiro albúm dos ingleses, que acho uma pérola. Um disco leve, ágil e sem muitas firulas. "It's only rock'n' roll... man!" Nada de música indie pros puritanos, é um bom rock de se ouvir com a namorada. A melhor é "I Bet You Look Good on the Dancefloor". Depois veio o majestoso (é, achei isso tudo mesmo!) Favorite Worst Nightmare com uma sonoridade mais pop, mas mantendo seu tripé, eles arregaçam em "Brianstorm" com tanta verocidade e fome que dá vontade de devorar a música por horas e horas. Minha outra favorita é "Teddy Picker", simples, eficaz, sem mais "delongas" e ponto final. Mas aí tem tantas outras como a divertida como um pic nic na praia "Fluorescent Adolescent". Meu disco favorito então? Eu fui traido pela banda! Até achei que fosse, mas... eis que em 2009 eles me aparecem com essa: Humbug é o nome da criatura. Dêem olá pra ela! Sim! WoW! Quem são os pais do garoto? Dêem olá também pra Josh Homme, vocalista e líder dos Queens Of The Stone Age. Ele é o pai da criança. E que albúm! Imbátivel! Homme dá aos garotos, guitarras bem encaixadas e tão presentes que tomam um espaço nas músicas que quase causam uma espécie de vertigem. Dá também uma veia rock'n roll mesmo, pesado. Com o caldo de manjericão dos macacos a coisa entornou de uma vez pros Ipod's e Iphones dos críticos até aos puritanos chatos de uma figa! "My Propeller" é minha menina dos olhos. Boa demais. Tem também "Cornerstone" que gosto muito também.

Mas hoje eu vim falar do quarto albúm, de polêmico nome e tão surpreendente mais uma vez. Chupe isso e veja! Isso é tão rock'n roll, meu véio! Suck It And See é tão próprio da banda na sua concepção mais uma vez! Original é a palavra que define cada albúm dos caras. Soa tão novo o som que eles fazem, que chega a causar expectativas nos fãs da banda a cada nova coisa que eles lançam. Uma coisa que gosto neles, e que aparece mais uma vez aqui são as canções que a cada dia soam mais anos 50, 60. Turner é um fã dessa geração, tanto que ele resolveu aprofundar ainda mais ela no seu projeto solo "The Last Shadow Puppets". Isso torna a banda ainda mais cool. "Don't sit down 'cause I've moved your chair" é uma poderosa mistura de rock pesado com um belo blues. Talvez seu o mais ousado single. A canção título "Suck It And See" quer chamar atenção, mas não morde: é uma delicia de se ouvir. "Brick By Brick" é bem rápida e com guitarras presente no jato de energia. Rock nervoso. Minha favorita, a que recomendo: "The Hellcat Spangled Shalalala" tem refrão pegajoso, uma viagem nas cordas de Cook e Turner e uma letra muito bem feita (assim como em todo o albúm, em particular a própria "Suck It...") Um achado esse albúm. Que merece ser ouvido de cabo a rabo, de trás pra frente. Como achar melhor.

E sobre a banda já disse tudo. Eles são sangue novo e tem lugar no rock. Eles já são

Obs: O Lambida veio pra ficar como uma espécie de regurgitação de resenhas sobre música, filmes, teatro, comédia, rolês, baladas, e o que me der nessa louca cabeça!

domingo, 14 de agosto de 2011

Por quê a minha maior paixão é o rugby?

Nada se compara a um jogo de rugby. Nada.
É manhã de sábado em São Paulo. Enquanto a maioria das pessoas buscam mais algumas horas de sono, ou tomam seu café tranquilos sejam numa padaria ou em casa mesmo, tem gente que já está acordado há um tempo... pensando em juntar o máximo de joelheiras, munhequeiras, as clássicas chuteiras com pinos bem mais altos se comparadas as do famoso futebol, proteção bucal, entre outros apetrechos. Ali, enquanto o corpo pede um pouco de tempo a mais de sono, no cortex cerebral é emitido em segundos uma boa razão para levantar.
No final do século 19, muitos nobres cavalheiros ingleses se reuniam em clubes e associações, em campos bem aparados ou até mesmo em terras batidas, onde havia um esporte de muito contato físico, cuja bola oval, objeto de obsessão de todos era disputada com muita intensidade e potência. Ali, muitos esperavam pelo momento de abraçar uma dessas bolas e sair em disparada até a linha de in goal para marcar pontos, ou try, como o chamam. No meio da disputa, após um jogador derrubar o outro e provocar o tackle, formava ali o ruck, pela conquista da bola. "Um jogador entrou nas laterais do ruck! E não atrás do ultimo na disputa". Scrum fixo entre os forwards das duas equipes. O que os uniam ali não era só o esporte. Era o espirito de entrega pessoal de cada um ao jogo, ao campo, a bola e principalmente, mais que qualquer outra coisa: ao time.
Em ambos os casos: seja aqui em São Paulo, onde eu moro onde se reuni pela manhã jovens jogadores inspirados em parte pela divulgação maciça feita nos ultimos tempos no Brasil; ou lá no final do século 19 numa Inglaterra, onde muitos senhores distintos percorriam a cidade com seus ternos impecáveis e reluzentes, após entrarem nos vestiarios, surgiam fortes, atléticos e exibindo as famosas camisas listradas de rugby. Nesses dois momentos, eu quero expor esse algo no rugby que é inexplicável. Não é o aspecto visual. A bola ser oval. Os dois postes formando um H. As lindas camisas sempre impecáveis. Tudo isso é belo, mas não é, em sua essência, o que pensa uma pessoa quando pratica o rugby. Não mesmo. É passageiro. Pode ser guardado e esquecido. Pode ser furado ou enferrujado. O que se joga aqui e se veste é a alma de cada um, na luta para defender não apenas uma conquista, mas a vitória que vai impor respeito, coragem e determinação para aqueles que lutaram até o fim, deixando de lado a dor, o choro, o sangue e o suor.
Rugby é a minha paixão por saber traduzir todo o meu desejo de ir além dos meus limites. De me mostrar que no sol ou na chuva, estarei lutando. Não vai haver tempo ruim pra mim. Não tem barreiras que me impessam de impulsionar meu time à vitória. Meu coração à glória. Serei eu sozinho? Jamais. Seremos unidos. 15 num campo de batalha. Cortando, extirpando, libertando o sangue que escorre das pancadas e da garra individual. Que Deus abençoe a todos os rugbiers que lerem essa mensagem. Pois quando houver o cansaço, ainda vamos estar de pé. Até o fim da partida. (Nunca se esquecendo do Terceiro Tempo. hehe!)

terça-feira, 1 de março de 2011

França & Inglaterra #SixNations2011

Não é de hoje que quando essas duas potências do rugby mundial se encontram a temperatura sobe, e ainda se for em ano de Copa do Mundo, os nervos ficam expostos! Vindo de desempenhos invictos no torneio, ambos já eram esperados pra esse combate, se assim pode-se dizer, com o fervor dos amantes do esporte. Com uma segunda linha que abria de mais a retaguarda, permitindo o furo e o avanço dos adversários, ainda mais quando se viam próximo do in-goal, a França, conduzida pelo técnico Marc Lievremont, tendo sido este o causador da maior polêmica, mas depois volto nesse assunto...precisou mostrar pra que veio, agindo com muito mais acertos, que erros contra os ingleses nesse jogo de sábado passado. Ambas as equipes jogaram bem truncado. A linha de Forwards da Inglaterra, que já é brilhante, pouco permitia tentativas de try dos franceses. Com um primeiro tempo com pontuações feitas por penais dos dois lados, ao final do primeiro tempo o placar já dava uma canja do que foi a partida: 9-9. Penais cobrados por Yachivilli e Flood.

ESPN Scrum © Getty Images

O segundo periodo veio enfim o try salvador dos ingleses. Após um jogada rápida, a bola foi parar nas mãos do fullback Ben Folden que anotou os cinco pontos que a Inglaterra, comandada pelo ex-capitão da conquitsta do Mundial de 2003, Martin Johnson, precisava pra vencer a partida. Chabal, como sempre muito forte colocou muito bloqueio, mas sucumbiu aos erros, assim como de toda a equipe francesa. Mas no final, é bom lembrar: os atuais campeões da 6 Nations se saíram bem melhor que contra a Irlanda, por exemplo. Já publiquei no Facebook a curta mensagem pros amigos rugbiers: não digo nada se a final da Copa do Mundo não for Inglaterra e All Blacks... não seria nada mal, hein?
“Nós (França) não gostamos dos ingleses. Nós não gostamos deles e é melhor dizer isso do que ser hipócrita", disse Lievremont, na tal polêmica envolvendo o duelo entre os dois países no rugby...perdeu uma boa oportunidade de ficar calado...

ESPN Scrum © Getty Images

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Good bless America! #WWL

Como aqui é um blog diferenciado e abrangente, por que não? Temos tudo sobre os esportes, mais que tudo como a foto que ilustra bem esse blog, falo 80% do esporte mais fantástico do mundo: o rugby. Então...

Agora, pra honrar a honra de amar rugby, cerveja, e... mulheres! Vou falar agora das #WomansWeLove, pegando o slogan da revista norte-americana Esquire! Hoje, deixa eu ver no calendário... hoje é dia 27 de fevereiro. Hoje começo a falar das mulheres americanas! O meu objetivo é espalhar esse debate em conversas regadas a muita cerveja: Qual a mulher mais gostosa da nossa era! Era, me refiro a nossa época, os dias de hoje! Começando...

Jennifer Aniston (gateeenha!)


Zoe Saldana (Uau, que que eu tava falando msm...haha)


Vanessa Hudgens (E aqueles tempos de High School, hein...)


Alicia....haha...Silverstone (Haha...)


Anna Faris (Humm...combina com meu sofá novo, aqui de casa..haha)


Lea Michelle (Eu até entro no clube Glee...)


Halle Berry (O que eu dizer, msm?)


Hilary Duff (Poderosa...)


Leighton Meester (Nova York tem muitos atrativos, mesmo...)

Paris Hilton (Devasssaa! haha)

+ Hilary Duff (I liked!)


Nicole Scherzinger (Pussy Cat Dolls...)

Eva Mendes... (Sempre boa)


Britney Spears (Essa é gostosa!)


+ Britney Spears (Humm...)


Liv Tyler (Ahh... meus sonhos molhados)


Jennifer Love Hewitt (Love, Love, Love)


Kristen Bell (Kiss me, darling)


Marisa Tomei (Mto gateenha!)


Beyonce Knowles (Uau...)

+ Beyonce
Até a segunda parte da lista mais extraordinária... são muitas! É só a parte americana! Até mais!




domingo, 27 de fevereiro de 2011

Enfim, lá vai os pitacos! #SuperRugby2011

Apesar de não pudermos ter acompanhado uma partida espetacular do Super Rugby, este que teria Hurricanes enfrentando os Crusaders, devido aos eventos naturais de Christchurch, houve jogos sensacionais pela segunda semana do torneio. Seguindo o novo regulamento do antigo Super 14, os times se enfrentam entre si numa conferência determinada por cada país. As 5 equipes da Africa do Sul se enfrentam entre si em partidas de ida e volta, e pegam ainda 4 equipes de cada um dos outros dois paises, por exemplo, e os melhores desse grupo passam pra próxima fase onde disputam as finais com representantes dos outros dois países.
Nessa segunda semana, dentro dos meus pitacos, acho sensacional a linha de ataque da Austrália. É coisa de maluco, coisa de maluco, pã, pã, rã, rã! Uau! Drew Mitchell foi um dos destaques da vitória robusta dos Waratahs sobre os Reds! E que jogo! Ele já vem demonstrando nos Wallabies desarmes incriveis sobre adversários e pode ser chave fundamental na Copa desse ano. Vitória fácil, 30-6, em cima dos Reds do sensacional Quade Cooper.
Surpresa mesmo ficou com a vitória encostada dos garotinhos da competição, o Melbourne Rebels, que entraram nessa temporada e já na segunda rodada bateram por um ponto os veteranos do Brumbies, 25-24. Destaque pro inglês Danny Cipriani que anotou o penal dentro das traves e garantiu vitória histórica no torneio.
Do lado neozeolandês, o Highlanders impuseram superioridade em cima dos Chiefs, com vitória por 23-13. No início da partida, um minuto de silêncio em respeito as vítimas do terremoto.
O couro comeu nas partidas da conferência sul africana! Enfrentando os Blues da Nova Zelândia, os Sharks de Durban jogaram bonito e mostraram serviço vencendo os kiwis visitantes por 26-12. Destaque pra jogada sensacional do camisa 22 do Sharks que anotou um try espetacular, após interceptação das mãos do jogador dos Blues. Grande jogo também do John Smit, conhecido atual capitão dos Springboks.
Mudando de pitacos: Quando joga uma equipe como a dos Bulls, você vai ter que admirar ao invés de dizer que tá assistindo... porque trazer uma segunda linha com Victor Matfield, Botha e ainda Rossouw! Adversários... good bye my little friends! Uau! Ainda não acabou, o time dos Bulls tem o meio-scrum Fourie Du Preez, fazendo um casadinho com o abertura Morné Steyn. Sem comentários. Nessa semana, os Bulls enfrentaram os razoaveis Cheetahs, que traz o experiente asa Juan Smith! O jogo começou truncado, e permaneceu assim durante toda a partida. Em muitas vezes viu-se o bloqueio da segunda linha da equipe de Bloemfontein apresentar buracos, que deixavam exposta a saída pro in goal, aproveitado por muitas vezes pelo abertura Morné Steyn que não desperdiçou e ajeitou pra várias jogadas fundamentais da equipe. Da mesma maneira, os forwards dos Bulls, espetaculares volto a repetir, fizeram um trabalho ameno, com muitos erros também. O resultado da partida ilustra bem: 23-25 pros Bulls. Destaque fica, bem... fico com o scrum-half Du Preez pelo try no final da partida, mais pelo modo como foi orquestrado, depois de muitas fases, e pô! Ele jogou bem! Abraço e volto pra pitacos quando eu puder. E viva o rugby! Abs!

                                         ESPN Scrum © Getty Images

Week 2 #SuperRugby2011

O antigo torneio Super 14, agora assume mais uma equipe vinda da Austrália, os Melbourne Rebels, e se torna o SuperRugby ou Super 15, pros mais nostálgicos! A disputa entre times da Africa do Sul, Austrália e Nova Zelândia é um dos maiores eventos do ano pro rugby! Uma espécie de Tri Nations com agora 5 equipes de cada uma das nações. Logo aqui abaixo, alguns jogos dessa semana! Após os vídeos, pitacos e pitaquitos acerca das partidas! Do you ready?


New Zealand: Highlanders 23 @ 13 Chiefs


Australian: Rebels 25 @ 24 Brumbies


Australian: Warathas 30 @ 6 Reds

South Africa: Sharks 26 @ 13 Blues

Nessa semana, a região de Christchurch, na Nova Zelândia sofreu um terremoto que matou mais de 150 pessoas até agora, isso sem contar os estragos que o fenômeno natural causou em destruições ao redor do local do cataclisma. Já se falam até em tirar alguns jogos da RWC, em setembro, que aconteceriam nessa cidade. Por isso, a partida do Super Rugby entre Crusaders (equipe de Christchurch) e Hurricanes, que aconteceria em Wellington, foi dado como empate para os dois times, devido ao que ocorreu.

Vai funcionar?

Se o tempo passar e não haver esperanças... Se o chão de terra e lama não sentir o peso do meu corpo correndo sem medo... Se o tempo aparecer mais uma vez olhando meus olhos com o sentimento de pouca compaixão, sentirei a reação quase instantânea de quem perde a saliva garganta a baixo, bebe um copo de agua e deita. Pra não acreditar no fim.
Em menos de uma semana, ponho minhas barbas de molho e começo a me preparar pra somar o tempo perdido já que eu voltei a permanecer por dois meses sem jogar e nem malhar, de uma certa forma "sedentário", vou acumular duas coisas, a malhação extrema na academia, sem ressentimentos, e voltarei a praticar o bom e velho rugby, em dois lugares... vamos ver!
Tem coisas na minha vida que merecem atenção, vou começar a estudar de novo, e projetar um novo caminho, jogar minha vida no lixo? De novo não! As histórias que contamos todos os dias é o único triunfo dessa vida! Quero poder colocar esse desabafo aqui no meu blog como uma forma de renascimento pessoal, por mais que a minha vida e meu cotidiano permaneça a mesma merda de sempre, esse passo que darei a uma semana vai me conduzir a um outro caminho. É fato, irreversível. Por isso, aqui esta meu desabafo, minha carta pra mim mesmo ler daqui anos (e pros curiosos tb). Chega disso, o ponteiro já começou a contar! Abraço e viva o rugby!

Descanso. #BruceSpringsteen

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Série: Os Clubes de São Paulo - A Origem do Esporte Brasileiro


Dentro dos próximos meses quero estar falando sobre a origem, as histórias, as conquistas dos clubes que deram origem aos esportes no Brasil. Sem esses clubes, pouca coisa teriamos no nosso horizonte em relação a atividades esportivas. Em sua esmagadora maioria, os clubes que tiveram inicio no século passado na cidade de São Paulo foram fundados por imigrantes italianos, espanhois, japoneses, portugueses, franceses e principalmente ingleses. Da terra da rainha, o garoto Charles Miller trouxe ao que anos depois seria o clube que fundaria, o SPAC, instrumentos dos esportes que dominavam mentes e corações na Europa, o futebol, o criquete, o tênis, o rugby...
Vou pessoalmente e registrarei aqui as minhas andanças por Sampa á procura de saber mais, aprender mais, viver mais, sentir mais... o mesmo ar, e as mesmas arvores que serviram de sombra pra herois esquecidos e memoráveis protagonistas do surgimento da cultura do esporte no Brasil, cultura essa desperdiçada pelo presente, mesmo tendo pela frente a ambição de sediar o maior evento esportivo do mundo, as Olimpiadas em 2016...tenhamos fé, e certeza: nós somos o esporte, nós somos a força e a determinação pra construir o futuro! Até!

Notas sobre o Australian Open! #tennis

                   Rafael Nadal mesmo com dores, resiste até o fim...


O primeiro Grand Slam de 2011 reservou todo tipo de emoções, adrenalinas em altas dosagens e muito espetáculo que já era esperado em um torneio com tantos tenistas no auge de suas expressões físicas. Rebatidas, quebras de saque, incontáveis aces, games, games. Vitórias. Glórias. É claro que pra surpresa de todos, os dois maiores tenistas dessa geração não estiveram presentes na final. Rafael Nadal sentiu dores insuportáveis no seu joelho, o que comprometeu seu jogo e por consequente sua classificação pras finais. Já o suiço Roger Federer entrou em contato com a kriptonita novamente e deixou o sérvio Novak Djokovic dominar o seu jogo, repetindo o mesmo destino da US Open ano passado. Enfim, no restante o que apareceu foram grandes aparições de novas e promessas do tênis. Grandes performaces de veteranas tenistas na categoria feminina, e surpresas também de novatas que prometem seguir o mesmo caminho de seu país de origem: dominar o mundo em mandarim.



O mundo do tênis vibra com mais um espetáculo visual de um país tão rico como a Austrália nesse primeiro Slam da temporada, o que faz do verão em Melbourne nessa época algo dilacerante em temperatura fora e dentro das quatro linhas. No domingo que teve inicio o torneio, os fãs da bolinha já começaram acompanhando partidas da musa Maria Sharapova pra elevar aos níveis mais alarmantes de calor, com seu notável decote bege-laranja. As primeiras disputas confirmaram vitórias de todos as grandes promessas. Com direito até a uma passagem rápida, diria coadjuvante, do nosso brasileiro Marcos Daniel que sentindo dores vindas de uma lesão no joelho esquerdo, abandona a disputa e dá um presente ao espanhol Rafael Nadal já no segundo dia do Aberto. Federer não conta, pois já passa derrubando adversários...
Entre surpresas, ou não, depois de passar pela primeira fase e cair na próxima, a tenista belga Justine Henin anuncia aposentadoria novamente, o verão causa enchentes lá na Austrália também causando muitos estragos...não é só aqui no Brasil...Andy Roddick, e Robin Soderling caem diante de muitos erros não forçados antes das semi finais. Maria Sharapova também deu adeus um pouco cedo demais, deixando a Austrália e meu coração partidos, já que não usará novamente esse seu figurino! :(
Analisando as disputas nas semi finais feminino, a n° 1 do mundo, Caroline Wozniacki era desde o inicio franca favorita pra conquistar uma vaga nas finais, porém, muito pela qualidade de sua oponente, do que pelo seu esforço, a dinamarquesa cai diante do trator de rebatidas made in China: Na Li é um estrondo! Wozniacki tenta quebrar o saque de uma vez, mas a chinesa é persistente (como pôde ser visto em 2008, nas Olimpiadas de Pequim, a sua habilidade vista por todos apesar de ter saído sem medalhas..) e faz história na história dos Grand Slam, primeira chinesa em uma final dos torneios de Aberto. Na outra ponta, a dinamite Vera Zvonareva que fez uma participação irretocável nesse torneio, com devoluções e saques inalcançaveis, pronta pra briga de resistência contra a atual campeã do US Open a belga Kim Clijsters que dispara também com uma participação extraordinaria nesse Australian Open. Numa briga de gente grande, ninguém chega nem perto do que jogaram essas duas, com vitória de Zvonareva no primeiro set, com reação de Clijsters no segundo e a confirmação de uma quebra de saque da belga sobre Vera Zvonareva que desperdiçou dois break points no oitavo game do segundo set, a partir daí o terceiro foi de Kim Clijsters levando seu nome novamente pra uma final de Grand Slam.
Entre os masculinos, Rafael Nadal chega com muita fadiga até as quartas-de-finais após a descoberta de uma lesão no seu joelho, mesmo sentindo profundas dores (visíveis em seu semblante) ele permanece. Mais do que isso, ele suporta a dor e o desgaste durante toda a disputa de bola com o seu compatriota espanhol David Ferrer, que percebe também a dor do companheiro a disputa inteira. Um exemplo do que é ser leal aos seus compromissos e respeito com o adversário e a sua torcida. David Ferrer nas semifinais. Nadal grande atleta.
A Suiça e a Sérvia ficam geograficamente falando pertas uma da outra. São países europeus pequenos demais, em vista a tantas outras nações. Mas dentro dessa quadra de Melbourne na Austrália estavam dois dos maiores países em extensões de genialidades em devoluções e em saques do mundo (se o tênis fosse instrumento de medição territóriais)...Roger Federer atual n°2 pega o seu algoz Novak Djokovic pela frente e sente o poder de persuasão do sérvio. Os serviços de Federer eram quebrados pelos alcances inacreditáveis até as bolas, pelo sérvio. Quando se via uma virada, Djokovic mostrava força e vitalidade. Match Point pro sérvio. Até mais Federer, deve dizer o engraçadinho Djokovic que vai até as finais.
Andy Murray vai até as semi finais confiante. E sem muitos sustos leva a disputa e supera David Ferrer indo pra sua tão sonhada nova oportunidade de conquistar um troféu do Australian Open...

Finais. 

Na Li já entrou pra história, pra quê mais?...Ela quer muito mais. Ela quer o mundo. E Kim Clijsters quer bem mais que o mundo, ela quer o mundo duas vezes. Sua segunda vitória seguida em um Aberto somando com a dos Estados Unidos no último Slam do ano passado. Muito suor, e depois de um primeiro set dominado pela chinesa com saques muito precisos e vitoriosos. A belga não perdeu o gingado, deu o troco e venceu seguidos dois sets restantes. 3-6, 6-3, 6-3. Com um segundo set disputado, com quatro quebras seguidas das duas, a belga lançou uma vantagem de dois pontos a frente e mata o final do game com um perfeito swing-volley definindo o set, 6-3. O terceiro e ultimo foi decisivo pra Kim Clijsters que viu seguidos erros não forçados de Na Li que comprometeu todo o jogo. Fim de história, mais um troféu pra mimada Clijsters que só espera agora Roland Garros pra mais uma repetição, e mais um torneio.
Final sem Federer e Nadal não tem graça. Engana-se quem achou isso...Murray deixou a maré do medo e pânico tomar seu corpo? Não sei, porém quem pôde conter a alegria de Novak Djokovic campeão novamente do Australian Open 2011! Ele era só sorrisos e beijos no troféu do Aberto, o primeiro da temporada que promete, e muito! Parciais de 6-4, 6-2, 6-3, após 2h 37 horas de partida... Sobre o jogo, o que se viu foi total dominio sérvio, quebras de saque no primeiro set ditaram o rumo do jogo. Andy Murray se viu novamente com reais chances de conter o avanço do adversário, e vencer seu primeiro Aberto, mas talvez não agora, não no Australian Open 2011, não contra o inspiradíssimo Djokovic que avançou com a mesma determinação nos dois sets restantes. O engraçado sérvio brinca muito em comerciais de TV, em programas de auditório e até mesmo em quadra em suas entrevistas após o término das partidas, mas se tem uma coisa que ele não brinca é em serviço. Quanto ao Murray, como bem dito pelo sérvio, ele terá o seus dias de glória, é só aprender mais com o sentimento e a paciência, aliando destreza e concentração.
Um abraço, apaixonados pelo tênis, em maio: vamos pra França! Roland Garros 2011! Vamo nessa Nadal!