segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sabe assim, como um relógio? O novo Queens Of The Stone Age sendo malvado.

Josh Homme contando as horas para lançar o disco que pode definir a trajetória da banda.
No Lollapalooza Brasil 2013: primeira aparição de "My God Is The Sun" para o mundo.

Novo visual: Josh Homme faz careta. Foto tirada do The Guardian


Nessa altura do campeonato, não dá mais para vir com essa de que outra coisa é mais importante em 2013 do que a banda de Josh Homme e companhia. O Daft Punk domina geral as noticias, mas ao ouvir pela primeira vez o novo albúm que lançaram mês passado, o que fica é minha cabeça girando pensando em alguma maneira de evitar alguma avaliação de "...Like a Clockwork.", o tal novo albúm que antecede o maravilhoso "Era Vulgaris", de 2006. São sobressaltos que vem e vão quando o resultado definitivamente é significativo para a banda que surgiu em 1997, formada em Palm Desert, California.
O melhor momento da banda talvez, que já se depara com uma carreira de 20 anos de estrada. Não só popularizaram um ritmo de rock mais encorpado cheio de riifs marcantes e pesado, mais conhecido como "storner rock". Desde que lançaram o primeiro disco, "Rated R", houveram mudanças significativas na banda. Saíram alguns, como o baixista confusão Nick Oliveri, entraram outros como Dave Grohl que assumiu as baterias por um periodo em 2002, e o que fica é uma banda que chega no seu quinto album com cara de grande banda. Talvez maiores que suas ambições, prova unica do grande esforço que fazem em serem uma banda de rock com boas canções no curriculo. São, inegavelmente uma banda de hits. Por isso, ir em um show com eles é se render ao absurdo que tomam o palco com a incrivel habilidade de causarem e oferecerem sacadas ironicas de Homme e puro rock de primeira. Sem firulas.

Em "...Like Clockwork", eles contam com a parceria de gente do calibre de Trent Reznor (Nine Inch Nails), Elton John, Alex Turner (Arctic Monkeys), Jake Shears (Scissor Sisters). Além dos regressos Dave Grohl e Nick Oliveri que participaram do disco. O resultado (ufa!) é o que eu posso chamar de um banho de extase e incomum senso de ousadia. A espussura e o que pode ser finalmente tocado pelos sentidos beira a um som tão caracteristico deles desde sempre como as guitarras com riffs inacreditáveis de Troy Van Leeuwen e belos momentos em que Homme se rende a composições e ritmos magicas feitas ao lado de Elton John, Trent Reznor, Nick Olivieri e Mark Lanegan em "Fairweather Friends", por exemplo. O disco numa analise ampla faz o mais estasiado possivel de nós que ouvimos por 46 minutos, 10 canções que vão além do lugar comum e entrega ao esperado produto uma viagem inesquecivel e recompensante numa mistura de pura liberdade criativa perceptivel por entre os envolvidos, que por sinal aparentemente se deram de corpo e alma para dar vida ao mais legal (titulo já garantido?) CD (LP, mp3, album o que quiser) do ano.

Nada fica de fora num disco tão legal como esse do QotSA, que não só nos permite ama-los ainda mais, como fica na cabeça músicas que podem ser cantaroladas sem culpa ou prescrição. Como na já citada faixa "Fairweather Friends", Homme solta essa: "Is there anyone out there? Or am I walking alone? When I turned around and found that you'd gone before. The first rain could fall." Ou no single lançado antes, a barulhenta "My God is the Sun" que quer nos mostrar nossa pequeneza nesse mundo cruel. "I don't know what time it was. I don't wear a watch. So good to be an ant who crawls. Atop a spinning rock." Letras afiadas e vontade de fazer barulho. O Queens Of The Stone Age só quer impressionar. E com certeza, Se conseguiu...





Daqueles discos para pregar na parede de nossos alegres ouvidos, seja aos berros acompanhando o belo Josh Homme ou até mesmo arriscando uma guitarra imaginaria aos prantos discretamente sob as pernas. Um puta disco.

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